terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Coruche

Coruche é uma vila e concelho do distrito de Santarém. a sua origem etimológica é muito controversa e tem sido alvo das mais díspares (e disparatadas) hipóteses. sabe-se que as primeiras referências escritas designam Coruche como "Culuchi" e "Coluchi", já num período de disputas e alternâncias entre o domínio arábico e romãnico-medieval, o que significa que foi transposto de uma pronúncia moçarábica.
não vou aqui referir as hipóteses e perplexidades com que autores diversos trataram este topónimo. desde ponto alto até algo relativo a corujas e mesmo a um antropónimo Cruch ou Cruz, tudo foi aventado.
ora, Coruche é o quê? é, em primeiro lugar, um antigo e importante cruzamento de vias ancestrais. será portanto, um "Cruze" ou "Cruce", "Cruz" (cruzeiro ou cruzamento), pronunciado de acordo com o falar dos seus naturais quando lhe deram o nome. e se assim for fica muito bem.

domingo, 29 de dezembro de 2019

Gibraltar

Gibraltar vem do árabe Djebel al Tárik: "o Rochedo de Tárik", pelo que a pronúncia correta é "Gibraltár" e nunca "Gibráltar", é um lugar da freguesia de Ponte do Rol, no município de Torres Vedras.
depois de muito procurar, continuo a desconhecer a origem histórica do nome deste lugar, cuja ligação ao outro Gibraltar é evidente (eu digo sempre que nada é evidente), mas não me admiraria que resultasse da deslocação de algum ou alguns gibraltinos para esta região saloia.
em www.pontedorol.pt pode  ler-se este pequeno dislate: "bem perto da zona marítima, naquela que era então a foz do Rio Sizandro, os romanos fizeram crescer uma vila de certa importância económica a que chamaram de Gibraltar". ora como Tárik viveu entre 670 e 720, e já não havia romanos há muito, esta explicação é realmente difícil...
sabe-se que em Gibraltar (de Ponte do Rol) existe um poço mourisco, o que pode ajudar a decifrar a origem deste topónimo.

sábado, 28 de dezembro de 2019

Malga

há mais que um topónimo "Malga". conheço um deles, bem perto de Coimbra, na freguesia de Sernache. o seu nome não oferece dúvida quanto à origem e significado: alguém da região de Málaga veio povoar o lugar e dar-lhe nome.
outros dois topónimos "Malga" situam-se um em Sobral de Monte Agraço, outro em Cabeceiras de Basto





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consulta:
pág. 123
e
http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/mocarabismo.pdf
pág.6






Casconha

como muitos topónimos terminados em "onha", como "Bretonha", "Bergonha", "Borgonha" ou "Vergonha", "Casconha" é um lugar que foi povoado por gente oriunda de outras terras. no caso, Casconha refere-se ao País Basco. a sua forma mais antiga era Gasconie, coisa que não deixa grandes dúvidas sobre a origem dos povoadores que deram nome ao lugar.
há pelo menos, em Portugal, duas Casconhas, uma em Sernache (Coimbra), outra em Sobreira (Paredes).



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consulta:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/static/data/publicacoes/ta/trag_arqueologia_38visitacaodoslugaresarrumadosporfolhasdacartamilitardeportugal.pdf 
pág. 123

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Fermelã

freguesia que faz atualmente parte da União de Freguesias de Canelas e Fermelã, do concelho de Estarreja, distrito de Aveiro.
o seu nome remete-nos para Fermelana, "aldeia de gente oriunda de Fermelo".
o nome de Fermelana ou Fermelane já existe registado desde o século XI, anterior, portanto, às arremetidas de Afonso Henriques, e, mais ainda, anterior ao Tratado de Alcanizes (ou Alcañices), de 1297, com o qual Dom Dinis estabeleceu com Fernando IV de Leão e Castela, os limites  de fronteira leste entre os dois reinos. no que aqui nos importa, trata-se da atribuição a Portugal das terras de além Côa, ou seja, Almeida, Alfaiates, Castelo Bom, Castelo Melhor, Castelo Rodrigo, Monforte, Sabugal e Vilar Maior. 
ora, Vilar Maior é uma das circunscrições religiosas medievais que, embora pertencentes a Portugal pelo Tratado de Alcanizes de 1297, continuavam sob a hégide da Sé de Cidade Rodrigo, e continha as seguintes freguesias: São Pedro e Santa Maria de Vilar Maior, São João de Malhada Sorda, Santa Maria de Besmula, São Bartolomeu de Nave de Haver e São João de Fermelo.
Deste Fermelo, em época de transições ou estabelecimento de soberanias, podem ter migrado populações  que deram origem a Fermelã, uma vez que é o que Fermelã quer dizer.
Quanto à etimologia de Fermelo, essa é outra questão. há quem a relacione com o francês "ferme", fazenda, granja, aceção próxima do inglês farm. será ou não. e sendo, nesse caso, "Fermelo" seria um diminutivo, uma pequena "ferme".
não encontrei outro Fermelo senão esse.


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Consulta bibliográfica: História Religiosa de Portugal, Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, Vol. 1, Direção de Carlos Moreira Azevedo, Formação e limites da cristandade, Coorden. de Ana Maria C. M. Jorge e Ana Maria S. A. Rodrigues, Círculo de Leitores, 2000.


terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Golegã

"Golegã" deriva de "Galegana", o mesmo que "aldeia galega" ou "aldeia da galega".
pode ter sido mais um povoamento de raiz galega, ou dever o nome a alguma galega que se destacasse do comum dos mortais, ao ponto de dar o nome à povoação. o que, diga-se, de um modo ou do outro, terá sempre que ver com a Galiza.
diz-se que no local teria havido uma taberna propriedade de uma galega. e daí o nome.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Lourinhã

Lourinhã é uma vila e concelho do noroeste do distrito de Lisboa. povoada e repovoada várias vezes ao longo da Pré-história e da História. não deverá ter ido buscar o seu nome aos celtas, túrdulos, fenícios, gregos e cartagineses, nem aos romanos, mas sim aos seus últimos povoadores.
a etimologia que se costuma atribuir à Lourinhã é de uma hipotética ligação a um hipotético romano, hipoteticamente senhor de uma villa, ou propriedade rústica, de seu suposto nome Laurinius.
não acredito. nunca ninguém descobriu esse Laurinius, nem vivo nem morto.
mas contígua à Lourinhã fica a freguesia de São Bartolomeu de Galegos. e isso faz-me voltar à questão dos movimentos populacionais de norte para sul, chamando galegos para repovoar terras abandonadas ou esvaídas de população. 
assim sendo, por que razão haveria Galegos mesmo juntinho à Lourinhã, sem que a Lourinhã tivesse algo que ver com a Galiza?
Lourinhã pressupõe a forma Louriniana, significando uma terra com designação derivada de uma Lourinia. em galego-português, Lourinia é Lourinha ou, se quiserem, Louriña.
ora, onde é Lourinha ou Louriña? em primeiro lugar, Lourinha deriva do nome do rio Louro, no sul da Galiza, Província de Pontevedra, o qual corre pelo Vale da Lourinha.
(a propósito, também cá temos um rio Louro, na região de Vila Nova de Famalicão).
portanto, não custa muito supor que a Lourinhã deva o seu nome a gente que veio do Vale da Lourinha. e então teremos os galegos da Lourinha que deram o nome à Lourinhã e os galegos de qualquer outro lado, se não o mesmo, que deram o nome à contígua freguesia de São Bartolomeu de Galegos.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Cordinhã

Cordinhã é uma freguesia do concelho de Cantanhede, assim como Ourentã, à qual é contígua.
o nome "Cordinhã" supõe uma forma anterior Cordiniana, o que indica uma relação de parentesco com uma Cordinia, da qual derivará populacional e etimologicamente. 
mais uma vez, parece que uma população galega foi chamada a repovoar a região, neste caso gente da povoação de Cordinha de Abaixo, ou Cordiña de Abaixo, como queiram, junto a Banhos de Molgas, ou Baños de Molgas, no sul da Província de Ourense, na bacia do rio Lima, ou Limia, não muito longe de Alhariz ou Allariz.
por conseguinte, Cordinhã significará "gente que veio de Cordinha", ou "gente de Cordinha" ou Cordiña.

não esqueçamos que uma das tarefas dos primeiros reis de Portugal foi a de repovoar terras abandonadas ou esvaídas de população. e que um dos principais recursos populacionais foi a Galiza, para além, em menor número,  de Astúrias, Castela, País Basco e Navarra, como se prova pela respetiva tradução toponímica (Galegos, Galizes, Golegã, Estorãos, Castelões, Biscaia, Biscainho, Nafarros, Navarra, etc). a diferença é que, sendo muito mais numerosos e nossos afins, os galegos não se contentavam com o nome genérico "galegos", utilizando muitas vezes a referência à específica terra de origem,

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

o latim na toponímia galego-portuguesa,

é costume explicar-se a origem de muitos topónimos galego-portugueses através do latim, dado ter sido a Galécia uma parte de uma província do Império Romano.
porém, o número de topónimos realmente originados de palavras genuinas da língua imperial é muito pequeno. e não poderia ser de outro modo, pois que quando alguns soldados romanos realmente latinofalantes aqui chegaram já cá havia gente, povo, língua e lugares.
de jeito que, àparte uma ou outra cidade fundada pelos romanos (exº Pax Julia: Beja), o que os romanos aqui deixaram foram os nomes de cidades já existentes e com nome (Braga, Lamego, Viseu, Bragança, Évora, Mértola,...), nomes de possuidores de quintas ou propriedades, que, por sua vez, se foram perdendo e mudando na sucessão dos tempos, dos poderes e dos senhorios.
isto passou-se com o Império Português. Bissau, Luanda, Goa, Malaca, Macau, Timor, embora escritas sob uma aparência portuguesa, são palavras que os portugueses encontraram e mantiveram. O mesmo se passou no Brasil, com uma série infinda de topónimos de origem indígena (tupi-guarani).

Ourentã

Ourentã é uma freguesia do concelho de Cantanhede.
de sucessivos povoamentos desde longa data, tem elementos arqueológicos e documentais escritos da ocupação romana e do domínio árabe, para além do documental medievo.
no seu último povoamento mereceu o nome de Ourençana - "Ourencáá"(Inquirições de D. Afonso II: “de Ourencáá faciunt inde fórum per omnia”), o qual evoca, irresistivelmente, a cidade, concelho ou comarca de Ourense, a capital da Província galega do mesmo nome.

como disse a propósito de Oiã,  parece que temos alguma aversão a recorrer à toponímia galega e às sabidas e muito frequentes migrações galegas para sul, sejam individuais, em grupo ou politicamente planeadas, muitas vezes sob a forma de repovoamentos de zonas abandonadas devido às vicissitudes históricas.
o topónimo Ourentã significará, pois, "terra de gente oriunda de Ourense", "gente de Ourense".
De Ourentã deriva o topónimo diminutivo Ourentela.

sábado, 9 de novembro de 2019

Oiã

Oiã é uma freguesia do concelho de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro. o seu nome antigo, "Oyana", não nos dá muitas pistas etimológicas.
para alguns, muito achegados à ideia de que tudo o que é nome vem do latim, apontam uma etimologia rebuscada e pouco convincente. seria a sua origem "oliana", que em latim quereria dizer "olival", ou, melhor, "terra de azeitonas". não sei em que é que Oiã se distingue de outras terras pela quantidade de azeitonas que produz ou produziu.
lembramo-nos sempre muito pouco de recorrer à toponímia galega. 
na Província de Pontevedra, fronteiriço aos concelhos de Baiona, Rosal e Tominho, existe o município de Oia.
sabidas as muito frequentes migrações galegas para sul, sejam individuais, em grupo ou politicamente planeadas, com inúmeras repercussões na toponímia portuguesa, não custa a crer que Oiã ("Oyana")  seja uma terra  povoada por gente oriunda de Oia, também grafada Oya. assim sendo, Oiã significaria "(terra de) gente (que veio) de Oia", "gente de Oia".

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Olas e Olelas

"Ola", "Olas" e "Olelas" são topónimos bastante frequentes a norte do rio Tejo e na Galiza. o seu significado refere-se à presença de remoínhos ("olas") nos rios, ou aos orifícios que esses remoínhos causam nos penedos e pedras do seu leito. Olelas é a forma diminutiva de Olas.
formas provavelmente associadas a "Ola" são as dos rios "Ul", "Ulha"/ "Ulla"

Penoita, Penota, Penouta (Pt., Gz. e Cast)

"penoita" significa "pena alta" (pena+outa/oita). ocorre em lugares elevados, em Portugal, na Galiza e nas Astúrias, nas suas diversas variantes. às vezes, surge em topónimos redundantes, pleonásticos, como "Peña Penouta" (Astúrias)

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Queira, Queirã, Queirão, Queirela, Queireses, Queirões, Queirós

estes topónimos referem-se à palavra pré-latina "cario" ("penha", "rochedo", "pedra").

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Mesão

Resultado de imagem para a mansio romanaMesão – "mesão" vem do latim "mansio" ("pousada", "albergaria"), lugar de repouso oficial para gente credenciada que fazia caminho pelas vias romanas. havia uma "mansio" de 45 em 45 quilómetros, aproximadamen-
te.
em redor destas pousadas cresceram, com o tempo, povoados que chegaram até hoje.

algumas dessas albergarias seriam pouco requintadas e, por exemplo, não teriam lareira acesa, tendo os frequentadores que prover ao seu próprio aquecimento. daí os vários "Mesão Frio" que se encontram pelo norte de Portugal.

domingo, 5 de maio de 2019

Fogueira

Fogueira é uma aldeia da freguesia de Sangalhos, distrito de Aveiro. o seu estranho nome tem-me despertado curiosidade, já que, para a "fogueira" corresponder ao que parece e merecer lugar na toponímia, deveria ter um caráter permanente e ser coisa digna de se ver.
parece-me mais uma caraterística dialetal da região, com alternância do "i" e do "o", tal como sucede com o rio Cértima, que ora é assim escrito, ora se escreve Cértoma quando se respeita a fala da região.
assim sendo, atrevo-me a considerar que "Fogueira" está por "Figueira".
se assim for, fazem todo o sentido os próximos lugares de "Casaínho" e as três Póvoas: Póvoa do Mato, Póvoa do Castelo e Póvoa do Salgueiro.
veja-se a entrada "Figueira".

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Leça (Pt.), Leza (Cast.)

é mais um hidrónimo comum a Portugal e à região nordeste da Península, indicando a extrema antiguidade do estabelecimento do seu nome.
Leça / Leza (a pronúncia é a mesma) é um hidrónimo comum a Portugal e às regiões de La Rioja e Euskadi, cuja etimologia é paleoeuropeia (le(i)-k-) e se refere à ideia de "verter", "fluir", "es-correr" - como um rio ou ribeiro, córrego, corgo (rio Corgo), corvo (rio Corvo) ou corrente.


Fonte: Onomástica Galega II: onimia e onomástica prerromana e a situación linguística  do noroeste peninsular. Actas do Segundo Coloquio de Leipzig, 17 e 18 de outubro de 2008, edición a cargo de Dieter Kremer, Verba, Anuario Galego de Filoloxia, Anexo 64.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Ega

outra curiosa coincidência entre a toponímia e hidronímia basco-navarra e a portuguesa é o topónimo e hidrónimo Ega. em Navarra, o Ega é um dos afluentes do Ebro. em Portugal, o rio Ega é um afluente da margem esquerda do Mondego e dá nome a uma freguesia do concelho de Condeixa-a-Nova, freguesia essa antigo território, vila e concelho, pertença dos Templários.
há quem diga que o hidrónimo não é euskera, mas sim latino. a ser latino, é parente dos "Égua", cuja etimologia nos remete para "Água".

terça-feira, 23 de abril de 2019

Nafarros, Navarra

Nafarros é uma povoação da freguesia de São Martinho, do concelho de Sintra. o seu significado não oferece grande dúvida, já que se refere a um povoamento levado a cabo por gente oriunda de Navarra (Nafarroa, na língua euskera).
por sua vez, Navarra, freguesia do concelho de Braga, refere-se igualmente a um povoamento por gente oriunda da mesma região da Ibéria.

domingo, 21 de abril de 2019

Cidacos

Cidacos é um hidrónimo. a sua forma é desinencial, provavelmente genitiva, e indica um nome singular.
em Portugal só tenho ouvido falar de Cidacos em Oliveira de Azeméis, sob a forma de lugar, de ribeira (Ribeira de Cidacos) e respetivo vale (Vale de Cidacos).
o topónimo é estranho e tem uma sonoridade arcaizante. alguns querem ver nele uma origem árabe, mas é sempre melhor procurar topónimos iguais por outras paragens, para se evitar os romanismos e arabismos excessivos.e despropositados. em geral, os rios, lugares, aldeias e cidades têm o nome que lhes foi posto pela língua dos seus primeiros frequentadores. é o que acontece na Europa, na Ásia, na América e na Oceania.
o hidrónimo Cidacos aparece como afluente do Ebro em La Rioja - e com o respetivo Valle del Cidacos; e em Pamplona, Navarra, onde dá nome a um ribeiro - o Zidacos (em castelhano) ou Zidakos (em euskera), afluente do rio Aragão, por sua vez afluente do Ebro. a localização destes Cidacos ou Zidacos / Zidakos (a pronúncia das três grafias é basicamente a mesma) nos extremos nordeste da Península não auguram grande sorte à tese arábica, mas também tornam a decifração da sua origem e significado um bom bocado problemática. pode adiantar-se, sem medo de errar, que o significado, tendo em conta que nenhum dos Cidacos é rio principal, será, então, "ribeiro" ou "ribeira". a sua filiação linguística é que é obscura, pois os bascos têm outras palavras para dizer o mesmo. é, seguramente, um nome pré-romano e a sua antiguidade candidata-o a núcleo humano mais antigo de Oliveira de Azeméis.
outra questão é saber como aparece em Oliveira de Azeméis um ribeiro com um nome igual aos do outro canto da Península.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Bóina

Bóina é um hidrónimo. refere-se a um rio do Algarve, localizado junto a Portimão, atualmente na bacia do rio Arade, de que é afluente.
o nome da ribeira de Bóina faz, inevitavelmente, lembrar o do rio Boyne ou An Bóinn, da Irlanda, cuja etimologia remete para uma divindade feminina celta, Boann, que personifica a água e a fertilidade.