este topónimo dá nome a um lugar hoje despovoado e, muito próximo e
mais acima, ao cume de um monte da Serra do Açor, com 1242 metros de altitude,
onde, de acordo com várias lendas, terá existido um castro, hoje desaparecido
ou quase.
no monte do Colcurinho existe a capela da Senhora das Necessidades, ou
Senhora do Cabeço, em recinto onde terá existido o castro pré-romano, e onde
terá ocorrido a “aparição” da Virgem a uns pastores, no séc. XIV.
a vocação militar do lugar é "atestada" por várias lendas.
uma lenda liga o nome do cume do monte a um general romano e a
freguesia onde Colcurinho se situa, a Aldeia das Dez, é conhecida pela sua ligação à ocupação
romana, com aparecimento, entre outros vestígios e artefactos, de muitas e
variadas moedas do Império.
outra lenda, pelo contrário, diz que Colcurinho teria sido um
combatente nas hostes de Viriato.
uma outra lenda, ainda, refere que os “últimos mouros” se refugiaram num castro que tinham no Colcurinho. os de
Piódão arranjaram um estratagema para os expulsar: trouxeram todo o gado [ou
“muitas cabras cornudas”], enfeitado com mato e velas acesas nos chifres. o
chefe dos mouros, quando viu o aparato, disse: - fujamos que a montanha traz fogo e anda como se fosse viva!
“foi a última vez que os mouros
foram vistos na região”.
seja como for, parece claro que a memória popular conserva os ecos da
guerrilha celto-romana, ou, se quiserem, lusitano-romana.
também diz a lenda que no monte do Colcurinho terá sido construída uma
muralha como posto de observação e defesa.
diz-se que no lugar "apareceu" a imagem da Senhora das
Preces, hoje venerada num santuário no lugar de Vale Maceira, na mesma
freguesia de Aldeia das Dez, concelho de Oliveira do Hospital. no alto do monte
do Colcurinho encontra-se um cruzeiro onde está escrito: “apareceu aqui Nª. Sª.
das Preces ano de 1371”. Frei Agostinho de Santa Maria relata o aparecimento de
uma imagem de Nª. Senhora a uns pastores, que ao encontrarem a imagem a levaram
ao padre de Aldeia das Dez, o qual, em acordo com os paroquianos,
resolveu levá-la para a igreja paroquial.
mas a Senhora – como é habitual nestes casos – não queria ficar
ali, pelo que a imagem desapareceu, indo aparecer novamente no local onde fora achada. visto ser desejo da Virgem estar no cimo do monte, aí lhe
edificaram uma capelinha: a da Senhora do Cabeço ou das Necessidades.
sobre o topónimo em si, apesar de uma aparência bem "portuguesa", pouco ou nada se sabe. não há vestígios da sua
etimologia. só no romeno “culcus” se encontra semelhança fonética e,
provavelmente, semântica. a palavra significa “abrigo”, “refúgio”. e, se
calhar, não andará longe da verdade neste caso.
mas também pode tratar-se de uma palavra composta: col'+curinho e neste caso teremos "cole" ("colina", "outeiro") + cur' ("curvo", "corcovado", "redondo"). e aí teríamos, então, "Monte Redondo", "Moncorvo". certo é que Colcurinho é um "monte redondo". e mais não sei.
mas também pode tratar-se de uma palavra composta: col'+curinho e neste caso teremos "cole" ("colina", "outeiro") + cur' ("curvo", "corcovado", "redondo"). e aí teríamos, então, "Monte Redondo", "Moncorvo". certo é que Colcurinho é um "monte redondo". e mais não sei.
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