a toponímia está cheia de diminutivos. se é certo que nuns casos esses diminutivos significam um povoado ou lugar pequeno em si mesmo, ou mais pequeno ou de importância menor que o de referência, noutros casos essa relação não é evidente. parece até que se trata de uma designação carinhosa, que equivale a chamar-lhe "novo" ou "nova" em relação ao referente. ou, ainda, quase sempre no plural masculino, indica a proveniência dos habitantes.
de uma maneira geral, a forma diminutiva utilizada indica a idade do topónimo.
no primeiro caso, encontramos:
Agrêlo - de Agro
Alcantarilha - de Alcântara
Alcoutenejo - hidrónimo: de AlcoutimAlijó - de A Lixa ?
Almacinha - de Almaça
Antela - de Anta
Arcela - de ArcaArnozela - de ArnozaArouquela - ver Arouquinha
Arouquinha - de AroucaArrentela - de Arrenta.
AzervadinhaBarcelinhos - de BarcelosBarrô - de Barriolum, "pequeno lugar", "pequeno bairro"
Bastelo - de Basto
Britelo - de BritoBuçaquinho - ver Bussaquinho
Bussaquinho - de Buçaco ou Bussaco
Bustelo - de Busto
Cabanelas - de Cabanas
Cabedelo - de CaboCaldelas - de CaldasCaldelinhas ou Caldeliñas - de CaldelasCampelos - de Campos
Campo Pequeno - de Campo
Carvalhelhos - de Carvalhos
Carvalhinho - de CarvalhoCasegas - de CasasCaselas - de CasasCasicas - de CasasCaselhas - de CasasCasilhas - de Casas
Castelejo - de Castelo
Chelinho - de Chelo
Chelo - de ChãoCidadelha - de Cidade
Cidadelhe - ver Cidadelha
Coimbró - de CoimbraCortegacinha - de CortegaçaCoselhas - de Casas. o mesmo que "Caselhas"
Cotô
Covelas - de Covas
Cristelo - de Castro. variante de Castrelo por CrasteloEiró - de EiraEspinheirinho - de Espinheiro
Figueiró - de FigueiraFijô - em "Quinta de Fijô"
Fontela - de FonteFontenla - ver "Fontela"
Fornelos - de FornosFornico - de FornoFradelos - de FradesGandarela - de GândaraGestaçô
Gildinho - de GildeGranjinha - de Granja
Guardizela - de Guarda
Grijó - de IgrejaLajedinho (Br.) - de LajedoLouçainha - de Lousã ou Louzã
Maçainhas - de MaçãsMontijo - de MonteMosteirô - de Mosteiro
Nogueiró - de Nogueira
Ourentela - de Ourentã
Paçô - de PaçoPadronelo - de PadrãoPaivó - hidrónimo: de Paiva
Palaçoulo - de Paço (por influência dialectal do bable asture-leonês, ou vieya fala)
Paradela - de ParadaParadinhas - de ParadasPardinhas ou Pardiñas - de ParadasPicoto - de PicoPindelo - de PindoPombalinho -de Pombal
Pontinha - de Ponte
Portinho - de Porto
Portuzêlo - de Porto)
Quintanilla - de Quintã ou Quintana, por influência leonesa
Quintela - de Quinta
Sarilhos Pequenos - de SarilhosSediela
Sernelha - de Serna ou SenraTarouquela - de TaroucaTorrinha - de TorreTrovela- hidrónimo: de Trofa
Tuela - hidrónimo: de Tua
Tuizelo - de Tui ?
Varziela - de Várzea
Vilela - de Vila
Viloira (Gz.) - de Vila (quinta, sítio, propriedade). o mesmo que "Vilória": pequena vila, vila sem importância?
Vizela - hidrónimo: de Ave
Vouzela - hidrónimo: de Vouga
no segundo caso, vemos:
Compostela - de Composta
Redondela - de Redonda
Tondela - de Tonda
Mirandela - de Miranda
Palmela - de PalmaZamorela (Gz.) - de Zamora (Le)
no terceiro caso, encontramos:
Barcelos - de Barco ?
Biscainhos - de Biscaia
Mozelos - de Mós ?
do tupi-guarani (Br.):
Ibimirim - significa "Terra Pequena"
Itapemirim - significa "Lage Pequena". ver Comentº de Jolorib
Mogi Mirim - de "Mboi"+g+"Y"+"Mirim": Pequeno Rio das Cobras, "Ribeiro das Cobras". ver Comentº de Jolorib
Parnamirim - de "paranã"+" mirim": "Rio [quase mar] Pequeno"
Perimirim
de uma maneira geral, a forma diminutiva utilizada indica a idade do topónimo.
no primeiro caso, encontramos:
Agrêlo - de Agro
Alcantarilha - de Alcântara
Alcoutenejo - hidrónimo: de AlcoutimAlijó - de A Lixa ?
Almacinha - de Almaça
Antela - de Anta
Arcela - de ArcaArnozela - de ArnozaArouquela - ver Arouquinha
Arouquinha - de AroucaArrentela - de Arrenta.
AzervadinhaBarcelinhos - de BarcelosBarrô - de Barriolum, "pequeno lugar", "pequeno bairro"
Bastelo - de Basto
Britelo - de BritoBuçaquinho - ver Bussaquinho
Bussaquinho - de Buçaco ou Bussaco
Bustelo - de Busto
Cabanelas - de Cabanas
Cabedelo - de CaboCaldelas - de CaldasCaldelinhas ou Caldeliñas - de CaldelasCampelos - de Campos
Campo Pequeno - de Campo
Carvalhelhos - de Carvalhos
Carvalhinho - de CarvalhoCasegas - de CasasCaselas - de CasasCasicas - de CasasCaselhas - de CasasCasilhas - de Casas
Castelejo - de Castelo
Chelinho - de Chelo
Chelo - de ChãoCidadelha - de Cidade
Cidadelhe - ver Cidadelha
Coimbró - de CoimbraCortegacinha - de CortegaçaCoselhas - de Casas. o mesmo que "Caselhas"
Cotô
Covelas - de Covas
Cristelo - de Castro. variante de Castrelo por CrasteloEiró - de EiraEspinheirinho - de Espinheiro
Figueiró - de FigueiraFijô - em "Quinta de Fijô"
Fontela - de FonteFontenla - ver "Fontela"
Fornelos - de FornosFornico - de FornoFradelos - de FradesGandarela - de GândaraGestaçô
Gildinho - de GildeGranjinha - de Granja
Guardizela - de Guarda
Grijó - de IgrejaLajedinho (Br.) - de LajedoLouçainha - de Lousã ou Louzã
Maçainhas - de MaçãsMontijo - de MonteMosteirô - de Mosteiro
Nogueiró - de Nogueira
Ourentela - de Ourentã
Paçô - de PaçoPadronelo - de PadrãoPaivó - hidrónimo: de Paiva
Palaçoulo - de Paço (por influência dialectal do bable asture-leonês, ou vieya fala)
Paradela - de ParadaParadinhas - de ParadasPardinhas ou Pardiñas - de ParadasPicoto - de PicoPindelo - de PindoPombalinho -de Pombal
Pontinha - de Ponte
Portinho - de Porto
Portuzêlo - de Porto)
Quintanilla - de Quintã ou Quintana, por influência leonesa
Quintela - de Quinta
Sarilhos Pequenos - de SarilhosSediela
Sernelha - de Serna ou SenraTarouquela - de TaroucaTorrinha - de TorreTrovela- hidrónimo: de Trofa
Tuela - hidrónimo: de Tua
Tuizelo - de Tui ?
Varziela - de Várzea
Vilela - de Vila
Viloira (Gz.) - de Vila (quinta, sítio, propriedade). o mesmo que "Vilória": pequena vila, vila sem importância?
Vizela - hidrónimo: de Ave
Vouzela - hidrónimo: de Vouga
no segundo caso, vemos:
Compostela - de Composta
Redondela - de Redonda
Tondela - de Tonda
Mirandela - de Miranda
Palmela - de PalmaZamorela (Gz.) - de Zamora (Le)
no terceiro caso, encontramos:
Barcelos - de Barco ?
Biscainhos - de Biscaia
Mozelos - de Mós ?
do tupi-guarani (Br.):
Ibimirim - significa "Terra Pequena"
Itapemirim - significa "Lage Pequena". ver Comentº de Jolorib
Mogi Mirim - de "Mboi"+g+"Y"+"Mirim": Pequeno Rio das Cobras, "Ribeiro das Cobras". ver Comentº de Jolorib
Parnamirim - de "paranã"+" mirim": "Rio [quase mar] Pequeno"
Perimirim
5 comentários:
Alo, amigo viajante.
Interessante esses diminutivos formados com a mudança da sílaba tônica, como mosteiro ->mosteirô, eu pensava que era sotaque francês.
Aqui no Brasil o único diminutivo interessante, fora os inhos e zinhos, é o formado com mirim, termo tupi-guarani, como Mogi-Mirim e Itapemirim. abraços desde S.Paulinhô.
olá! faz um tempão que não nos falamos...
quanto a "paço"...>"paçô", não há na realidade uma mudança de sílaba tónica. há uma evolução do diminutivo antigo "ôlo" para "ô". "palaciôlo"--> "paçô". na zona de trás-os-montes com influência do bable leonês (mais arcaico), "palaciôlo" deu "palaçoulo", como refiro no post.
e quanto ao diminutivo "mirim", já me referi a ele na minha lista de topónimos tupi-guaranis.
abraços desde Coimbra
Olá! Sou galego e gosto imenso do seu blogue. Farei alguns apontamentos.
1.- A 'O Viajante'. Esse 'Paçô' é mesmo com 'o' fechado? Pergunto porque no meu país há vários com 'o' aberto (Paçó), que com efeito vem do diminutivo Palatiolu, mas a queda do 'l' deixa por regra geral um 'o' aberto, como nos Paçó galegos ou, um outro exemplo, Feijó (fhaseolu).
2.- Onde se localiza o topónimo 'Composta' que cita no artigo?
3.- Jo Lorib, opis é mesmo curioso existir esse topónimo com força na última sílaba, mas as ocorrências que conheço em Portugal são sempre de 'Mosteiró', com 'o' aberto. O mesmo ocorre na Galiza, onde o único topónimo igual que me vem à cabeça é mesmo assim (Mosteiró, freguesia de Santa Maria de Goó, concelho de Oincio).
4.- Sobre o topónimo Grijó, possivelmente venha de Ecclesiola, como intui você ao ligá-lo com Igreja. Prova-o o facto de na Galiza existir o topónimo muito similar com a mesma origem, 'Irijoa'. Na Galiza também existe e topónimo na forma plena 'Grijoa', com várias ocorrências em 3 das 4 províncias galegas. Acrescentar também que na Galiza existem muitos topónimos que em seu dia foram espanholizados como 'Iglesia' e, ao se perder a memória de qual a sua forma original, restaurados como 'Igreja'. Porém, anda existem nalguns lugares os 'originais', nunca castelhanizados, por exemplo 'Ireja', também sem o 'g' como Irijoa.
obrigado.
em Portugal (no Norte) a pronúncia é "Pàçô". como disse noutro post, a terminação "ô" indica um diminutivo masculino, enquanto a terminação "ó" indica um diminutivo feminino. mas há variantes dialectais como "ôlo" e "oulo", para o masculino, e "oa" ou "ôa" para o feminino.
na Galiza, o "ó" para o masculino e o "oa" para o feminino estão em concordância dialectal com os carinhosos diminutivos "avó" (avô, aqui) e "avoa" (avó, aqui).
um abraço desde o sul.
Azervadinha, concelho de Coruche.
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