domingo, 25 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra C (4)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)


Com-
a Cus-

Cômaros –
Combarro (Gz.) –
Comenda –
Compra –
Conca –
Concavada –
Conchada –
Concieiro –
Condeixa-a-Nova –
Condeixa-a-Velha –
Confraria –
Conhais –
Conhal –
Conqueiros –
Conraria –

Constância – nome eufónico dado em 1836 à Vila de “Punhete”, designação então já cacofónica. ver “Punhete”

Constantim –
Contenças –
Contim –
Contraste –
Contumil –
Convento da Serra –
Convilhana – cf. “Covilhã”
Cordeiro –
Cordeiros de Messines –
Cordinhã –
Corga – hidrónimo: ribeira
Corgas –
Corgo - pronunc. córgo:”córrego” – água corrente, ribeiro
Coristanco (Gz.) –
Cornes –
Corno de Bico -
Corredoira (Pt. e Gz.) - ver "Corredoura"
Corredoura
Corregato –
Córrego – ver “Corgo” (a diferença está na pronúnc. do “r”)
Correias –
Correlhã –
Corroios –
Cortecega –
Cortegaça –
Cortegada (Gz.) –
Cortes -
Cortiçada –
Cortiçadas –
Corticeiro –
Cortiçô –
Cortineiro –
Cortinhais –
Cortinhas –
Coruche – de “cruze” (pronunc. “queruxe”): “cruzamento”
Corucho – o mesmo que “cruze”?
Corujas –
Corujeira – de “Cruze” (?). zona de cruzamentos?
Coruxeira (Gz.) – graf. altern. de “Corujeira”
Corva –
Cós – também grafada “Coz”
Cosconhe –
Coselhas – o mesmo que "caselhas": casas pequenas (ver “Caselas”)
Cossourada –

Costa - pode significar "terra junto ao mar" ou "encosta", consoante a localização do topónimo

Costa de Lavos –
Costa do Valado –
Costariça –
Costeira – o mesmo significado de "Castanheira"
Costeiras –
Cota –
Cotas –
Coto - pronunc. “Côto”
Cotobade (Gz.) –
Cotovia –
Cotovio –
Coução –
Couce – leito do rio
Coucieiro –
Coucos –
Coura – desc.: “rio”
Couraça – muralha defensiva
Couraça da Estrela –
Couraça de Lisboa –
Couraça dos Apóstolos –

Couros - ribeiro de. mesma raiz de “Coura”? dá-se a coincidência de um "ribeiro de Couros", em Guimarães, estar ligado à arte dos curtumes

Couto –
Couto da Cheira –
Couto de Baixo –
Couto de Cambeses –
Couto de Cima –
Cova – gruta?
Covade – o mesmo que “Cucufate” ou “S. Cucufate”
Cova da Iria – ver "Iria"
Cova da Moura –
Cova de Dominique – por “Cova Dominica”? cf. “Covadonga”
Covadinhas –
Cova do Barro –
Coval Quente –
Covão –
Covão do Lobo –
Covas –
Covas da Raposa –
Covas do Rio –
Covelães –
Covelas – diminut. de “Covas”
Couvelhas – o mesmo que “Covelas”?
Covelinhas – duplo diminutivo de “Covas”
Covelo (Pt. e Gz.) –
Covelo do Gerês –
Covide –
Covilhã – cf. “Convilhana”
Covinhas –
Covões –
Coz – ver “Cós”
Craciamulo – cf. “Mulo”, “Caramulo”
Crasto Ferreiros –
Crastovães –
Crato –
Creixomil –
Crespos –
Crestonhe –
Cristelo –
Cristelos - pronunc. “Cristèlos”
Criz - hidrónimo: Rio Criz
Croca –
Crutos –
Cruz – o mesmo que “cruze”
Cruz Alta (Pt. e Gz.) –
Cruz de… – o mesmo que “cruze” (Gz.): cruzamento de...
Cruz d’Argola –
Cruz da Armada –

Cruz da Légua – cruzamento da légua (a partir de um ponto de referência mais conhecido quando o topónimo foi criado)

Cruz da Pedra –
Cruz da Toita –
Cruz de Morouços -
Cruz do Pau –
Cruze(Gz.) – o mesmo que “Cruz” (cruzamento)
Cruzeiro – o mesmo que “Cruz” e “Cruze”?
Cruzes –
Cruzinha – diminut. de “Cruze”
Cruz Quebrada –
Cuba –
Cubatão (Br.) - ver aqui.
Cubelo -
Cubelos -
Cubos –
Cucos –
Cucujães –
Cuide de Vila Verde –
Cujó – diminut. de “Côja”?
Cumeeira – local de pontos altos de uma serra
Culheredo (Gz.) – graf. altern. “Culleredo”
Cumeira – o mesmo que “Cumieira” e “Cumeeira”
Cumeira de Baixo –
Curia - de "Acquae Curiva"
Curitiba (Br.) –
Curopos –
Currais –
Curral das Freiras –
Curral do Concelho –
Curraliça –
Currelos – diminut. de "Curros"
Curros –
Custóias –

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Vigo, ou Como um Microtopónimo se Tornou uma Grande Cidade



vicus
, em latim, significa "aldeia (sem muralhas)", coisa pouca para a importância relativa dos topónimos. há vários topónimos derivados de vicus mas nenhum com a sorte de "Vic", na Catalunha, e muito menos com o destino de "Vigo", cidade galega 10 vezes maior que a catalã.
Vigo chamou-se Vicus Spacorum, no tempo dos romanos, querendo com isso indicar que a aldeia era habitada pela tribo ou pela gens dos Spacos. (ver Comentº de Calidónia). fossem eles isso ou outra coisa, o que eles faziam então não devia ser muito diferente do que fazem hoje os habitantes de Vigo e da sua Ria, descontando, claro, o neoliberalismo industrial, comercial e cultural que nos come a todos. ou seja, dedicavam-se à lavoura, pesca e marisqueio.
e deviam ter a mesma sorte grande: viver num espaço geográfico que só não garanto nem juro que é o mais belo do mundo porque não conheço mundo que chegue.

outros derivados de vicus:

A Biqueira (Gz.) - ver "Vigueira"
A Viqueira (Gz.) - ver "Vigueira"
Bico -
Corno de Bico -
Ponte do Bico -
Vigo (Ast.)
Vigo (Gz.) - ver Comentº de Calidónia. ver Comentº Anónimo.
Vigo (Le.) - ver Comentº de J. Manuel Outeiro
Vigobó (Gz.)
Vigueira (Gz.) - aldeia de gente oriunda de Vigo?
Vigueira de Arriba (Gz.)
Vy (Fr.)
Vic (Cat.)
Vic (Fr.)

Vichy (Fr.) - de lat. vici, plural de vicus (Louis Nadeau, 1869). à letra: "várias aldeias". é certo que há quem lhe dê outras herdanças, mas esta é a que eu gosto mais.

Vicq (Fr.)

e, claro está, a palavra vizinho, que significa "todo aquele que vive na (mesma) aldeia". ou vicus.

Da Gardunha à Corunha

tenho evitado falar da Corunha, tantas e tão desencontradas são as hipóteses etimológicas para a capital provincial galega cujo nome é, seguramente, o mais antigo das quatro. e tamém não será desta vez que trato do assunto como deve de ser. mas, numa nova visita à Cova da Beira, vim cos ouvidos de dentro a ressoar -unha", "-unha", "Gardunha", "Corunha". que é que querem? uma cousa alembra a outra...
dizem, certamente com razão, que por ali houve uma cidade romana de nome celta, Brigantia, ou Flavium Brigantium (Ballester, 1997). mas como de Brigância não há herdância (1), é preciso descobrir de onde apareceu a Corunha, que é nome mais velho.
antes do mais, o artigo definido (A) que precede o nome (Corunha): indica, como nos outros casos, que a palavra "Corunha é um substantivo comum. este costume de grafar o artigo, infelizmente perdido em Portugal e no Brasil, ajudaria a resolver tanto disparate que por aí se escreve e forneceria pistas preciosas aos estudiosos da Toponímia. e como há várias "Coruña" no norte da Península, é de supor que o substantivo fosse bastante conhecido do povo.
a terminação ou sufixo "unha" (ou "uña", se quiserem - pra mim é igual) é muito rara na Toponímia galego-portuguesa e tem o condão de parecer acentuar a altitude do lugar. é pré-indo-europeia, talvez da família do actual euskera - ver "Iruña".
quer dizer que estaríamos na presença de dois orotopónimos, em que "Cor-","Cr-" apontaria para a presença de um núcleo populacional amuralhado no alto de um monte (é o caso d'A Corunha, ou d' A Crunha) e "Gard-" apontaria para a ideia de "Vigia", "Vela", "Aveleira" (é o caso da Gardunha).
certo é que Corunha é, linguisticamente, palavra mais recuada que Brigantia ou Brigantium, pelo que tenho de admitir que o núcleo mais antigo perviveu sobre a destruição do mais recente e a dispersão dos respectivos habitantes.

Capeloso (ver Comentº) fez o favor de juntar Visunha ao pequeno rol dos topónimos terminados em "-unha". a propósito disso, duvido da filiação do sufixo em "-onia", pois que habitualmente gera a terminação "-onha" (Bretonha, Bergonha,...), não "-unha".

.....................................................
(1) é claro que há Bergantiños, Cabana de Bergantiños e Malpica de Bergantiños, mas não ficam na Corunha-cidade. indicam que os respectivos habitantes são originários de uma "Bergança" ou Brigantia que desapareceu do mapa

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra C (3)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)


Cas- a Col-

Casével –
Casgaia – é hidrónimo(?)
Caso –
Casola –
Castainça –
Castainço –
Castanheira
Castanheira de Pêra – aqui “Pêra” é hidrónimo (Ribeira de Pêra)
Castanheira do Vouga –
Castanheiro do Sul – ver “Sul”, “Sil
Castanhos –
Castedo –
Castelãos – o mesmo que “Castelões”. gente oriunda de Castela
Casteleiro –
Castelejo –
Castelhanas – (aldeias de) gente oriunda de Castela
Castelimo –
Castelo Belinho – foi designado “do Linho” e “do Nynho”
Castêlo da Maia –
Castelo Branco –
Castelo de Alferce –
Castelo de Paiva –
Castelo de Vide –
Castelo Novo –
Castelo Rodrigo –
Castelo Ventoso –
Castelo Viegas –
Castelões – localidade povoada por gente vinda de Castela
Castrelo do Val (Gz.) –
Castro d’Aire –
Castro de Avelãs –
Castro Laboreiro – o mesmo que “Lebreiro”? ver “Lebureiro”
Castro Marim –
Castromil (Pt. e Gz.) –
Castro Roupal –
Castroverde (Gz.) – o mesmo que “Castro Verde”

Castro Verde – castelo ou fortificação muito antigo (a). Já os romanos consideravam antigo (veteri/s: verde, no sentido de "antigo, velho")

Catarredor –
Cativelos –
Catoira (Gz.) –

Catoura – aparece sob o nome composto de "Monte da Catoura". o mesmo que “Catoira”? aqui está um dos (muitos) exemplos em que a aproximação dos topónimos por um Glossário compreensivo faz encontrar pistas onde pareceria não as haver

Catraia – normalmente seguido de um determinat.: “Catraia de…”. significa um caselho à borda da estrada

Catraia de Assequins –
Catraia de Mouronho –
Catraia de S. Romão –
Catraia dos Poços –
Catrão –
Catribana –
Caucaia (Br.) – tupi-guarani: “caá-ocaia” – uma “queimada na mata”
Caudo –
Cauípe (Br.) – tupi-guarani “caúy-pe”: “de onde vem o vinho de caju”
Cavaco –
Cavada Nova –
Cavadas –
Cavadas de Baixo –
Cavadas de Cima –
Cávado - ver "Cádabo"(Gz.): “ rio”
Cavaleiros –
Cavalhão –
Cavalo Branco – graf. correcta desc.: “Cabalobranco”?
Cavernães –
Cavês – graf. alternat. de “Cavez”
Cavez –
Caxarias –
Caxias -
Caxias (Br.) -
Caxinas –
Ceará(Br.) – onomatop. (?): terra do canto da jandaia, pequeno papagaio palrador

Cebola de Soldado – graf. correcta desc.
Cebolais – (Gz.)
Cedofeita” (Gz. e Pt.) –
Cedrim do Vouga –
Cee(Gz.) –
Ceganhos –
Cega Verde – graf. correcta desc.
Cegonhas Novas –
Ceide – grafia incorrecta de “Seide”
Ceira – por “Seira”?
Ceivães –

Cela – diminut. de Sala - Saa - Saalella - Saella - Sela . ver “Sala”,”Saa”,”Sá”. nesse caso, a grafia correcta seria “Sela”

Cela Arda –
Celada –
Celadinha –
Celado –
Celanova(Gz.) –
Cela Velha –
Celavisa – grafia correcta “Selavisa”? Sela + Visa ? ver “Cela”
Celeiró – diminut. femin. de ….
Celeirós – diminut. femin. plur. de …
Celorico da Beira
Celorico de Basto –
Centieira – por “Sentieira”?
Centieiros – por “Sentieiros”?
Cepeda - pronunc. “Cepêda”
Cepinhas –
Cepo –
Cepos –
Cepões – gente oriunda de "Cepo" ou "Cepos"
Cêras – por “Sêras”? é hidrónimo (?)
Cercal –

Cerca Velha - pronunc. “Cêrca Velha”: a velha muralha, a muralha antiga

Cércio –
Cerdal –
Cerdeira –
Cerdido(Gz.) –
Cernache – por “Sernache”
Cernadas – por “Sernadas”
Cerquedo -
Cerrado –

Cerro – melhor “Serro”: monte. no entanto, parece-me um tanto ocioso discutir se é com "c" ou com "s", já que as duas grafias alternam no tempo e no espaço, como noutros grupos de topónimos.

Cerro da Alagoa –
Cerro da Coxa –
Cerro d’Águia –
Cerro da Piedade –
Cerro da Portela – ver “Serro da Portela”
Cerro das Cabeças –
Cerro da Vila –
Cerro de Alagoa –
Cerro de Haver –
Cerro do Nazo –
Cerro do Ouro – elevação onde deveria ter existido uma mina de ouro
Cerro do Roque –
Cerro do Rossio –
Cerro Grande –
Cértoma – desc.: “rio” (?). grafia correcta “Sértoma”? ver “Sertã”
Cerva – ver “Cerveira”
Cervães –

Cerveira – raiz hipotét. “kerv-” ou “karv-”, presente em topónimos como “Cerveira”, “Cerviña” (Suíça), e relacionada com elevação, monte, ou ponta alta. raiz aparentada com lat. “cervix”: colo, pescoço. grandes autores vêem por lá veados (cervos) a pastar ou a correr, talvez como quem conta carneirinhos pra dormir. se percebo alguma coisa de veados, é bicho que não aprecia aqueles lugares.

Cerveira, Vila Nova de –
Cervo (Gz.) –
Cesar – (quinta) propriedade de Cesário
Cête –
Cezimbra – antiga grafia de “Sesimbra”
Chamoinha –
Chã – terreno plano em zona acidentada
Chã da Ilha –
Chã da Lama –
Chã do Boi –
Chacim –
Chafé -
Chainça –
Chaínho –
Chaira (Gz. e Pt.) – planície, terra chã
Chamadouro –
Chamardeira –
Chamoim –
Chamozinha –
Chamusca –
Chamusca da Beira –
Chancelaria –
Chana (Mir.) – o mesmo que “Chã”
Chanas (Mir.) – o mesmo que “Chãs”
Chaneira (Mir.) – o mesmo que “Chaira” e “Cheira”
Chanes (Mir.) – o mesmo que “Chães”
Chanos (Mir.) – o mesmo que “Chãos”
Chantada (Gz.) –
Chão – povoado em zona plana num terreno acidentado
Chão da Capela –
Chão da Feira –
Chão da Vã –
Chão d’Ave –
Chão da Velha –
Chão de Casados –
Chão de Couce – ver “Chão” e “Couce”
Chão de Espinho –

Chão do Ancinho – "Ancinho" é diminutivo de "Anço"? nesse caso, será hidrónimo

Chão do Bispo –
Chão dos Santos –
Chãos –
Chaparral –
Chaque –
Chaqueda – cf. “Chiqueda”
Charca –

Charneca – do castelh.: terreno inculto, onde só se dão plantas bravias e rasteiras

Charneca de Casével –
Charneca do Lumiar –
Charquinho –
Chãs –
Chãs d’Égua – "Éguas" por "Àguas"?
Chãs de Tavares –
Chãs de Viseu –
Chãs Grandes –
Chave –
Chavelhas –
Chaves – do lat. “Acquae Flavis”
Chaviães –
Cheganças –
Cheira – ver “Chaira”
Cheirinha – diminut. de “Cheira”

Chelas – tem sido dito que vem do lat. “cella”: armazéns de grão. porém, ver “Chelo” e “Chenlo”. sgnific. mais provável: diminutivo de “Chãs”

Cheleiros – gente vinda de “Chelas” ou de “Chelo”?
Chelinho - pronunc. “chèlinho” : diminutivo de “Chelo”

Chelo – pronunc. “chèlo”. diz-se que é do lat.“cella”, com influência moç.: armazém de grão (?), santuário pagão (?), recinto religioso. porém, a existência de “Chenlo” na Galiza aponta para “plannelum” – pequeno plano ou chão. seria, pois, diminut. de “Chão”. a topografia dos lugares parece confirmar esta hipótese

Chenlo (Gz.) – o mesmo que “Chelo”. o “n” dá indicações preciosas sobre a etimologia de “Chelo” e de “Chelas”. ver “Chelo” e “Chelas”

Chevim –
Chieira –
Chiqueda - pronunc. “Chiquêda”
Chorente –
Chosendo –
Choudeval –

Choupica – aparece como composto, sob a forma "Ribeira da Choupica". cf. “Ribeira da Choupana”

Chousa
Chousa Nova –
Chousinha –
Chouto –
Ciborro – Cicouro – provável hidrónimo: ver “Ribeira de Cicouro"
Cid –
Cidai –
Cid Almeida – graf. correcta desc.
Cidadelhe –
Cidai –
Cidreira –
Cidreiro –
Cies, Ilhas (Gal.) – cf. Ilhas “Skye” (Escóc.) –
Cimalhas –
Cimbres – povoado de gente germânica da tribo dos Cimbros?
Cimo da Costeira –
Cimo da Inha –
Cimo da Ribeira –
Cimo de Vila –
Cimo do Burgo –
Cinco Vilas – cinco quintas
Cinfães – por “Sinfães”
Cioga do Campo - pronunc. “Ciôga”
Cioga do Monte –
Circunvalação –
Cividade –
Cô –
Côa
Côa/Côja – desc.: “ribeira”, “rio”
Cobiça – o mesmo que “Cabeça”. ver "Portela da Cobiça"
Cobrão - é hidrónimo: "Ribeiro de Cobrão"
Cobras(Gz.) –
Cobro –
Coche –
Cochões – gente oriunda de "Coche"?
Cocos (Br.) –
Codeceda - pronunc. “Codecêda”
Coelha – diminut. de “Côa”?
Coelheira –
Coelhoso –
Coia (Gz.) -
Coiço –

Coimbra (Pt. e Br.) – celt. Connii + Briga: fortaleza ou monforte dos Cúneos ou Cónios. no Brasil, as "Coimbra" são transposições do topónimo português

Coimbrã – aldeia de gente vinda de Coimbra
Coimbrão – local povoado por gente vinda de Coimbra
Coimbrões – localidade povoada por gentes vindas de Coimbra
Coina –
Coiro (Gz.) –
Coito – o mesmo que “Couto”
Côja – é um hidrónimo. ver “Côa” e “Ribeira de Côja”

Cola – ver “Nª.Sª. da Cola”. do árab. “Qulla”: “cume”. ou “Qal’a”: “forte”, “fortificação”

Colares –
Coles (Gz.) –

Colmeal - aldeia de casas com tecto de palha, ou "colmo". há vários "Colmeal", mas nenhum com esta história aqui

Colmeal da Torre - "Torre": refere-se à chamada "Centum Cellas", de que resta uma parte em forma de torre

Colmeias – o mesmo que "Colmeal"? à letra: "casas de colmo"?
Colo do Pito -

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Para que Serve um Glossário de Topónimos

um glossário de topónimos serve para mostrar como a mesma origem fonética e linguística pode tomar diversas variantes. destas variantes, algumas esclarecem-nos sobre a forma primitiva da palavra, pondo de lado certas hipóteses ou mesmo explicações que nunca teriam passado pela mente dos eruditos, se as tivessem conhecido. é apenas um caminho, um caminho por entre um rôr de outros. além disso, põe em pé de igualdade os macro e os microtopónimos, sendo certo que o facto de serem macro ou micro não é uma qualidade de origem nem um destino perpétuo, mas, apenas, um circunstancialismo histórico, por isso mesmo variável. alguns lugares há pouco tempo pequenos, ou mesmo insignificantes, são hoje cidades que rivalizam com as principais do nosso país. e cidades outrora importantes são hoje pouco mais que lugarejos menores, designados por aquilo a que se chama microtopónimos.
o presente Glossário é um trabalho de meia dúzia de lustres, cada lustre cinco anos, disperso por várias bases de dados, umas escritas, outras já electrónicas. baseia-se numa teimosia e num gosto pessoal , que me levou a apontar obsessivamente os lugares por onde ia passando e passo. a minha profissão é uma fonte inesgotável de topónimos, de todos os tamanhos e feitios. e de lendas e lengalengas explicativas, que têm a piada que têm mas não explicam nada. salvo algumas lendas propriamente ditas, ou dignas desse nome: essas têm um fundo de verdade. como distinguir umas das outras, essa é a arte do artista, como soe dizer-se.
não tenho a pretensão ou pesporrência (sic) dos que fazem disto um canudo académico, daqueles de fazer ver, nem vim ao mundo de propósito para corrigir os erros dos outros. como, afinal, os há por aí nascidos. e quem vai corrigir os deles? eu não serei, certamente. não tenho feitio que chegue.
com aquelas regras mínimas, que consistem em ressalvar o seu a seu dono, é assim que ponho os meus apontamentos à disposição da rede.



terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra C (2)


(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)


Can-
a Cas-

Canais –
Canas –
Canas de Santa Maria –
Canas de Senhorim –
Canavai –
Canavial –
Cancela –
Cancelo -

Canda (Gz.) - do celt. cand-, cant- : “penedia”, “pedra (s)”. exº "Serra da Canda"

Candal -
Candedo - pronunc. "Candêdo": onde predominam lugares elevados
Candeeira -
Candeeiros - "Serra de Candeeiros"
Candeiras -
Candeleiros (Mir.) - o mesmo que "Candeeiros"
Candosa -
Candoso -
Caneças -
Canedo - pronunc. "Canêdo"
Canedo de Basto -
Caneira – femin. de “Caneiro”
Caneiro – pequeno ribeiro
Canelas – diminut. de “Canas”
Caneleja – diminut. de "Canela"
Caneve –
Canedo de Basto –
Caneve –
Canha –
Canhestro –
Canhestros –
Canhoso –
Caniçada –
Caniços –
Canidelo - pronunc. “Canidêlo”: diminut. de “Candal”?
Cantanhede –
Cantareira -
Cantarinhas – de cand-/cant-
Cantelães –
Caparica –
Caparrosa –
Caparrosinha – diminut. de “Caparrosa”
Capinha –
Capitorno – ponto alto. do lat. cap-: "cabeça"+ desconhecº.
Caracol –
Caralho - é hidrónimo. ver “Rio Caralho”

Caramulo – carr- + mul-, proto-indoeurop (?).: “serra de penedias”, o mesmo que “serra da peneda”

Caranguejeira –
Carapeços –
Carapelhos –
Carapinha –
Carapinhal –
Carapinheira –
Carapinheira do Campo
Carapinheira da Serra –
Carapito –
Carapua –
Carapuções –
Carcavai – hidrónimo do grupo car-
Carcavelos – o mesmo que “Cacabelos”
Carção –
Carçãozinho –
Cárcoda –
Carçoneiros – povoação cujo nome reporta a “Carção”: gente oriunda de "Carção"?
Cardal –
Cardenhas – cf. esp. “Cárdenas”
Cardia –
Cardosa –

Carenque - hidrónimo. do pré-indo-europeu karr- (pedregal) + sufix. ânk/.nt indo-europ.: “rio pedregoso”

Caria – ver “Alcaria”
Caria de Jusã – por “Caria Jusã”, i.e., “Caria de Baixo”. cf. ital. "giù"
Caria de Susã – por “Caria Susã”, i.e., “Caria de Cima”. cf. ital. “sù”
Carmões –
Carne Assada – hidrónimo. graf. correcta desc. de “karr”

Carneiro – de karr- (pedregal). ver “Carenque”, “Carregal”, “Cárcoda”, “Carne Assada”

Carnota (Gz.) –
Carqueijo –
Cárquere –
Carragosa –
Carralcova –
Carrapichana –
Carrapitais –
Carrascal –
Carrascas –
Carrasco Bonito (Br.) -
Carrascosa –
Carrazeda de Ansiães – “pedregosa” ou "pedrosa" de…
Carrazeda de Montenegro – “pedregosa” ou "pedrosa" de…
Carrazede - pronunc. “Carrazêde”
Carreço - pronunc. “Carrêço”: o mesmo que “Carriço”. do grupo “Carr –"
Carregado – o mesmo que “Carregal”

Carregal – celt. carr(eg)-: “pedra”. o mesmo que "pedregal” ou "pedroso". esta é a etimologia da maior parte destes topónimos, confirmada pelas características dos locais. porém, em casos específicos e limitados, pode ter outra etimologia convergente, como é vulgar em Toponímia

Carregal Cimeiro –
Carregal do Sal – ver “Carregal” e “Sal” (rio?)
Carregosa – lugar com muitas pedras (celt. “carreg”)
Carregosela – diminut. de “Carregosa”
Carregueira –
Carreira (Pt. e Gz.) – estrada para carros (charretes)

Carreira Velha – estrada velha (para carros/charretes). é "velha" porque foi feita uma mais "nova"

Carreiras –
Carreiras Velhas – estradas antigas
Carreiro –
Carreiro de Joanes –
Carreiro do Inferno – em geral traduz a ideia e "caminho difícil, perigoso"
Carreiro Velho – caminho velho
Carriço –
Carril
Carritos –
Carrolas –
Carros –

Cartaxo – o mesmo que “Cartago” (?). cf. “Cartagena” : “Nova Cartago”. cf. “Cartaya” (Andaluz.)

Cartaxos –
Carvalhal –
Carvalhal Cimeiro –
Carvalhal da Mulher – ver “Mulher”
Carvalhal da Portela –
Carvalhal de Macinhata –
Carvalhal de Pussos –
Carvalhal de S. Bento –
Carvalhal de Vermilhas –
Carvalheirinha – diminut. de “Carvalheira”

Carvalhelhos – diminut. de “Carvalhos” com influência do bable asture-leonês

Carvalhido -
Carvalhito –
Carvalhitos –
Carvalho – raiz carr-: “penha", penhascos, serrania de pedras
Carvalho de Egas –
Carvalhos –
Carvalhosa –
Carvalhosas –
Carvão –
Carvicas –
Carvide –
Carvoeira –
Carvoeira do Vouga –
Carvoeiro - exºs "Cabo Carvoeiro”, "Praia do Carveiro"
Casa Branca –
Casainho de Baixo –
Casainho de Cima –
Casais - grupos de casas
Casais de Azóia –
Casais de Mestre Mendo –
Casais do Baleal –
Casais do Cabra –
Casais do Campo – o mesmo que “casais dos campos do Mondego”
Casal -
Casal Comba –
Casal da Amieira –
Casal da Arruda –
Casal da Boieira –
Casal da Cortiça –
Casal d’Álvaro –
Casal da Misarela –
Casal da Ponte –
Casal da Robala –
Casal da Senhora –
Casal das Fragosas –
Casal de Marques –
Casal de Santo Amaro –
Casal Dias –
Casal do Abegão –
Casal do Azemel –
Casal do Burro –
Casal do Ermio –
Casal do Lobo –
Casal do Moinho
Casaldelo - de S. João da Madeira
Casal dos Ramos –
Casal dos Ventos –
Casalito – diminut. de “Casal”
Casal Jorge Dias – graf. correcta desc.
Casalinho de Alfornelo –
Casal de Vale Coelho –
Casal Marinho –
Casal Novo –
Casal Pardo –
Casal Ventoso – conjunto de casas, lugar, onde bate o vento
Casanova (Gz.) -
Cascais –
Cascalheira – hidrónimo?
Cascarneiro – hidrónimo?

Casconha – por “Gasconha” ou “Vasconha”? ver “Vasconha”. porém, em outros casos, como em Penacova, pode ser "terreno pedregoso" (mesma etimologia de "cascalho")

Cas do Mato (Gz.) -
Casebres –
Casegas – diminut. de "Casas". variante dialectal, como "Casicas"
Caselas – casas pequenas. ver “Coselhas”
Caselho - pronunc. “Casêlho”



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Como Não Nasce Um Topónimo

quando se punha o nome a uma terra, era improvável, para não dizer mais, que se lhe botasse um nome complicado, daqueles que só existem nos dicionários. como me ensinaram os tupis do Brasil e quem os conheceu e estudou, o nome deve ser simples, expressivo e identificativo. deve ser coisa que pegue facilmente, que ocorra a todos e não apenas aos eruditos que o vão estudar dois ou três mil anos depois, numa língua completamente diversa da original. tamém não deverá ser um nome demasiado vulgar, de baixa estirpe ou cacofónico. aliás, quando a evolução, ou desgaste fonético, transforma um topónimo num termo demasiado vulgar, de baixa estirpe ou cacofónico, logo a população procura desfazer-se dele, por não suportar a risota dos de fora. é o caso de "S. Paio de Farinha Pôdre" (agora "S. Pedro d'Alva"), de dois "Punhete" (um é agora "Constância", outro "Aldeia Formosa") ou de "Porcalhota" (agora "Amadora"). para mais exemplos, ver Comentºs

cousa que mereceria tamém o seu estudo, aqui vão alguns exemplos de topónimos que não existem:


Abacaxi
Abóbora
Abóboras
A-da-Porra
A-dos-Bêbados
A-dos-Brancos
A-dos-Carecas
A-dos-Cegos
A-dos-Coxos
A-dos-Forretas
A-dos-Lorpas
A-dos-Manetas
A-dos-Mancos
A-dos-Marrecas
A-dos-Moucos
A-dos-Palermas
A-dos-Pelintras
A-dos-Samelos
A-dos-Trengos
Alfaces da Serra
Algures de Baixo
Batatal
Beiçudos
Cabeça de Crego (Gz.)
Cabeça de Freira
Cabeça de Padre
Cabeça do Outro
Caroços de Cima
Castelo Preto
Couval
Deusmelivre
Espírito-Santo-de-Orelha
Estantios
Esterqueira
Feijoeiro
Gramínea
Grão-de-Bico
Liliácea
Melancia
Melão
Nenhures
Parolos do Meio
Parvoeira
Parvónia de Aquém
Pasmaceira
Pepineira Jusã
Peste Negra
Pevides
Pilriteiro
Tremoceiro





domingo, 18 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra C (1)


(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)


Caa-
a Cam-


Caaveiro (Gz.) - onde existe um famoso Mosteiro, do séc. IX
Cabaços – o mesmo que “Cabeços”?
Cabana de Bergantinhos (Gz.) - graf. altern. "Cabana de Bergantiños"
Cabana Maior –
Cabanas (Pt. e Gz.) –
Cabanas de Viriato – porquê “de Viriato”?
Cabanelas – diminut. de “Cabanas”
Cabanes –
Cabaninhas – diminut. de “Cabanas”, posterior a “Cabanelas”
Cabanões – “gente que veio de Cabanas” (?)
Cabanos
Cabeça – ponto alto arredondado. ver “Penela” e “Outeiro”
Cabeça de Cavalo –
Cabeçadas – conjunto de "Cabeças"
Cabeça de Eiras –
Cabeça de Peixe –
Cabeça de Pito –
Cabeção – aumentat. de "Cabeço": "Cabeço Grande"
Cabeça Rasa –
Cabeceiras – conjunto de “Cabeças”?
Cabeceiras de Basto –
Cabeço –
Cabeço Alto –
Cabeço Cão –
Cabeço da Igreja –
Cabeço da Lama –
Cabeço da Urreta – ver “Urreta”
Cabeço de Domingos Moiro – graf. correcta desc.
Cabeço Grande –
Cabeço Monteiro – lugar no cimo de um monte
Cabeço Sapafonso –
Cabeçudo –
Cabeçudos -
Cabo Carvoeiro –
Cabo da Roca –
Cabo de Home (Gz.) –
Cabo de Sagres –
Cabo de Santa Maria –
Cabo de S. Vicente –
Cabo de Vila (Pt. e Gz.) –
Cabo do Mundo – o mesmo que Finisterra ou Fisterra
Cabo Espichel –
Cabo Fisterra (Gz.) –
Cabo Mondego –
Cabo Ortigal (Gz.) –
Cabo Raso –
Cabo Sardão – de “Sardo”: o povo do mar
Cabo Silheiro” (Gz.) - graf. altern. "Cabo Silleiro"
Cabouco –
Cabração –
Cabral -
Cabrão -
Cabrela – diminut. de "Cabra" ,no sentido toponímico
Cabreira
Cabreira - pode ser orónimo (Pt. e Gz.) ou hidrónimo (Gz.)
Cabreiroá (Gz.) -
Cabril –
Cabroeira de Baixo –
Cabrum –

Cacabelos (Gz.) – dimin. lat. “cacabu” : reservatório de líquidos”. o mesmo que cisternas. o mesmo que “Carcavelos”

Caçarelhos –
Caçarilhe –
Caceira –
Cacela –
Cacém – árab. “caceme”: “limite”, “que divide”
Cácemes –
Cachada –
Cachão –
Cacharelos – o mesmo que “Caçarelhos”?
Cachoeira (Pt. e Br.) –
Cachoeiras –
Cachopo –
Cádabo (Gz.) –
Cadafais –
Cadafaz -
Cadavaio -
Cadaval – “terra de rios/ribeiras/ regatos”. ver “Cávado”
Cadaveira –
Cadima – árab.: "A (Aldeia) Velha"
Cadoiço –
Cafede –
Cagalha –
Cagido –
Caia, rio –
Caíde –
Caíde de Rei –
Caído – o mesmo que “Caíde”
Caínhas –
Caixas –
Cajido – ver “Cagido”
Calçada – estrada romana com calçada de pedra
Calçada do Gato –
Calçadas – plural de “Calçada”. ver “Calçada”
Caldas – lat. o mesmo que “termas”: águas quentes
Caldas da Rainha –
Caldas de Aregos –
Caldas de Monchique –
Caldas de Reis (Gz.) –
Caldas de S. Jorge –
Caldas das Taipas –
Caldas de Vizela –
Caldas do Gerês –
Calde –
Cal de Abaixo (Gz.) -
Cal de Arriba (Gz.) -
Caldelas – pequenas caldas ou termas
Calendário –
Calhabé –
Calhandriz –
Calhariz –
Calhariz de Benfica –
Calhau –
Calheiros –
Calheta - pronunc. “Calhêta”: "pequena angra"
Calhostros –
Caliços –
Calvães –
Calvão –
Calvaria –
Calvário –
Calvário Cambra –
Calvário da Veiga –
Calvelhe –
Calvelo – diminut. de “Calvo”
Calvinos –
Calvo –
Calvos (Pt. e Gz.) –
Calvos de Randim (Gz.) - graf. altern. “Calvos de Randín”
Câmara de Lobos –
Camarate –
Camarinha –
Camarinhas (Gz.) - graf. altern. “Camariñas”
Camarnal –
Camarneira –
Camba –
Cambados (Gz.) – celt. “cambo”: curvatura, lugar de meandros (?)
Cambeses –
Cambeses do Rio –
Cambra –
Cambre (Gz.) –
Cambres –
Caminha” – lat. “Bucca” (“Boca”, “Foz”) + desc. “Minia”: “Foz do Minho”
Caminho – estrada principal de terra
Camões -
Campanas –
Campanhã –
Campanhó – diminut. de “Campanhã”
Campeã – relação com “Campia”?
Campelo - pronunc. “Campêlo”. diminut. de “Campo”
Campelos - pronunc. “Campèlos” . plural de “Campelo”
Campia – relação com “Campeã”?
Campilho – influenc. leonesa. o mesmo que “Campelo”
Campinas (Bras.) –
Campo -
Campo de Besteiros - pronunc. “Campo de Bèsteiros”
Campo de Guerreiros –
Campo de Ourique –
Campo de Víboras –
Campo do Gerês –
Campo Grande (Pt. e Br.) –
Campo Lameiro (Gz.) –
Campolide –
Campo Longo –
Campo Maior - infl. do castelh.: “campo grande”
Campo Pequeno –
Campo Redondo –
Campos -
Camposancos (Gz.)-
Camum –

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra B (2)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)


Bra-
a Bus-

Brá (Gz.) –
Brachiqueira –

Braga – cidade (da tribo celta) dos braccarii. no Império romano: “Braccara Augusta”

Bragado –
Bragança – Bragança, de "Brigantia"
Branca – ver “A Branca”

Branda – abrigo de pastor e para o gado, de noite, quando sobe a serra no verão, para pastar. Também se lhe chama inverneira

Branda da Bordença
Branda da Junqueira –
Branda de Santo António –
Brandão –
Brandião –
Brandinhães -
Brandoa –
Brandomil (Gz.) –
Brandonhas (Gz.) – graf. altern. "Brandoñas"
Branqueira –
Branqueira Torqueira –
Brasil
Brasil – ver “Monte Brasil”
Brasília (Br.) -
Bravães –
Brejão – aumentat. de “Brejo”
Brejinho – diminut. de “Brejo”

Brejo - pronunc. “Brêjo”: terreno inculto e húmido, lugar frio e ventoso onde só há mato

Brejoeira – terra abundante em brejos
Brenha -
Brirães -
Bucos –
Budens –
Bugalhães -
Bujã (Gz.) - graf. altern. "Buján"
Buraca – ver "A Buraca"
Burela (Gz.) –
Burgães –
Burgo –
Burguete –
Bustelo (pronunc. “Bustêlo”) –
Bustos –

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra B (1)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)



de Bab- a Box-


Babau –
Babe -
Bacelos –
Bacharela –
Baçal –
Bagueixe –
Bagunte –
Bahia (Br.) – a grafia reproduz a pronúncia no Séc. XVI
Baía –
Baião –
Baiões –
Baiona (Gz.) –
Baixa da Banheira –
Baixa da Restolha –
Bajanca –
Bajouca -
Bajouco –
Baladia –
Balaia – topónimo que se refere a local onde abunda (va) a baleia
Balaído –
Balazar – ver “Belesar”
Baldanido” –
Baldio – terreno que não pertence a ninguém
Baleal – topónimo que se refere a local onde abunda (va) m baleias
Baleeira – topónimo do grupo “Baleia”, como “Balaia”, Baleal”
Baleizão –
Balieira – o mesmo que “Baleeira”
Baloca –
Balocas –
Balsa –
Balsas –
Baltar (Pt. e Gz.) –
Balteiro –
Balugães –
Banafátima – do árab.
Bandavises – do árab.
Bande (Gz.) –
Bangueses (Gz.) –
Banhos (Pt. e Gz.) (graf. altern. “Baños”) – balneários, termas
Banhos – balneários, termas
Banhos de Bande (Gz.) –
Banhos de Molgas (Gal.) –
Barão de S. João –
Barão de S. Miguel –
Barbaído –
Barbacena –
Barbadães de Baixo -
Barbadáns (Gz.)
Barbatos –
Barbeita –

Barbeito (Pt. e Gz.) – terra em repouso de cultura, faixa de terra inculta que separa duas propriedades

Barca – lugar junto a um rio, lugar de travessia desse rio
Barca da Esteveira –

Barca d’Alva – não se justifica o preciosismo "Barca de Alva", pois nem sequer reproduz a pronúncia

Barca da Trofa –
Barca do Concelho –
Barca do Lago –
Barca do Loureiro –
Barca Nova –
Barcarena – de "barca" + "arena"?
Barcarena (Br.) – transposição do topónimo português
Barcel –

Barcelinhos – diminut. de “Barcelos” ? é duplo diminut. de "Barcos"

Barcelos” – diminut. plur. de “Barco”
Barcelos” (Br.) – transposição do topónimo português
Barceosa – ver “Vila Chã de Barceosa”
Barco – ver “O Barco de…”
Barcouço –
Bargo (Gz.) -
Barosa – o mesmo que “Varosa”?
Barqueiro –
Barqueiros – gente originária de “O Barco” ou “A Barca” (?)
Barquinha, Vila Nova da - diminut. de “Barca”?
Barra -
Barra, S. Julião da -
Barracão –
Barradinha –
Barra Funda (Br.) –
Barral –
Barranco -

Barranco de … - em certos casos parece tratar-se de um leito potencial profundo de um ribeiro sezonal

Barranco das Belharucas –
Barranco da Vaca –
Barranco de Água Velha –
Barranco de Brejões –
Barranco de Mata Filhos – graf. correcta desc. : …"de Matafilhos”?
Barranco do Cadavaio (de “Cádavo” – ver “Cádabo”)
Barranco do Calvário –
Barranco do Cão –
Barranco do Porco –
Barranco do Sambro –
Barranco do Velho –
Barrancos –
Barranha –
Barras –
Barrenta –
Barreira –
Barreiras –
Barreiro –
Barreiros (Gz.) –
Barril –
Barril d’Alva –
Barrimau –
Barrinha –
Barrinhos –
Bárrio –
Barriosa –
Barro –
Barrô – diminut. de “Bárrio”
Barroca –
Barroca de Pedro Lopes – graf. correcta desc.: “de Pedrolopes”?
Barroca Grande – escavação grande provocada pela exploração de minas
Barrocal –
Barroco (pronunc. “Barrôco) –
Barrol –
Barrosa –
Barrosas –
Barroselas - diminut. de "Barrosas"
Barrosinhas – diminut. de “Barrosas”
Barroso –
Barroso”, Serra do –
Barruncheiros –
Basanca - ver Comentº. de Jofre Alves
Basteiros – gente de "Basto"?
Basto –
Batalha –
Batel –
Batocas – de um hidrónimo? ver “Ribeiro das Batocas”
Batoco – de um hidrónimo?
Batoquinhas – diminut. de “Batocas”. de um hidrónimo?
Baú –
Beade (Gz.) – o mesmo que “Veade” (?)
Beberriqueira –
Beça, rio –
Beco (pronunc. “Bêco”) –
Beduído –
Begonte (Gz.) –
Beira – desc. (que relação com “ibéria”?)
Beirã –
Beira Grande –
Beiral –
Beiriz –
Beja – do lat. “Pax Júlia”
Bela –
Belasaima – de “Belisama” , divind. celta femin. equivalente a Minerva (?)
Belazaima do Chão – o mesmo que “Belasaima do…”
Belece –
Belesar (Gz.) – o mesmo que “Balazar”. é tido por topónimo euskera
Beliche, Ribeira de –
Belide –
Belmonte –
Belomonte -

Belos Ares – corresponde ao significado da capital argentina, "Buenos Aires"

Belver – miradouro, mirante, terraço elevado
Bembivre (Br.) -
Bem da Fé – preciosismo linguístico anacrónico por “Bendafé”
Bemposta –
Benaciate, Rio –
Benafim – do árab. Cf. “Bensafrim”
Benavente –
Bencanta –
Bencatel –
Bendafé – do árab.
Beneita –
Benespera – cf. com “Bispeira”
Benfarras –
Benfeita –
Benfica –
Benfica do Ribatejo –
Benlhevai – graf. correcta desc.

Benquerença – tem alguma relação com “wishing well” (poço mágico, à letra: “poço dos desejos”) em inglês?

Benquerenças –
Bensafrim - parece semit. “ben” (“filhos”) + “safrim” (plural: “dos Safar”). um clã?
Bente –
Berdoias (Gz.) -
Bergondo (Gz.) – relacion. com “Borgonha”, “Borgundo”?
Berlenga –
Berlengas –
Berlengas, Ilhas –
Bertiandos –

Beselga – de “basílica”, do greg. “casa do rei”, através do latim religioso (Igreja Católica)

Bessa – Cf. “Avessada”
Bessada –
Besteiros –
Besteiros, Campo de –
Besteiros, Paranhos de –
Besteiros, S. Tiago de –
Betanços (Gal.) (graf. altern. “Betanzos”) –
Betanços Velho (Gz.) -
Bexiga -
Bica – o mesmo que “Fonte”, de onde a água sai em bica
Bica Alta –
Bicada -
Bicanha –
Bicas – plural de “Bica”
Bicesse –
Bicha –
Bicha Moura – por “Bichamoura”?
Bicheiro –
Bichieiro –
Bicho -
Bico – em alguns casos, deriva do lat. vicus, aldeia não fortificada
Biduleiro –
Bilhó – diminut. femin. de…”Bilha”?
Biós (Gz.) -
Birre – árab. “Poço”, “Fonte”
Bisalhães - ver post

Biscaia – localidade povoada por gentes vindas de Euskadi ou Viscaya (País Basco)

Bismula –
Bispeira – Cf. com “Benespera”
Bizarril –
Bizorreira –
Boaldeia –
Boa Farinha – ver “S. Paio de Farinha Pôdre”
Boassas –
Boavista (Pt. e Gz.) –

Bobadela – lat. mediev. : “bovatella”: lugar onde o gado bovino vai pastar

Bocacha –
Bocas (pronunc. “Bòcas”) –
Boco (pronunc. “Bôco”) –
Bodiosa –
Bodiosa-a-Velha –
Bogadela –
Bogalhal –
Bogalhinha -
Bogas –
Bogas de Baixo –
Bogas de Cima –
Bogas do Meio –
Boi
Boial
Boialvo
Boi-a-Monte - grafia correcta "Boiamonte". ver "Boimonte"
Boião –
Boiça - ver "Bouça"
Boicinha –
Boico –
Boicornelho (Gz.) – graf. altern. “Boicornello”
Boidecanto (Gz.) –
Boidobra -
Boieira –
Boimonte (Gz.) –
Boimorto (Gz.) –
Boiro (Pt. e Gz.) –
Boivães –
Boivão –
Boleiros – gente vinda de “A Bola” (?)
Bolha –
Bolhão – a pronúncia no Porto é "Bolhóm"
Bolho (pronúnc. “Bôlho”) –
Bolhos –
Boliqueime –
Bombarral –
Bom Velho de Baixo -
Bom Velho de Cima -
Bonitos –

Borba – celt. “Borvo”: divindade das águas quentes, termas ou caldas

Borba da Montanha –
Borba de Godim –
Borbela – diminut. de “Borba”
Bordalo – ver “Bordeaux” (França)
Bordeira –
Bordoegas –
Bordonhos –
Bornes, Serra de –
Borrajeira -
Borralha –
Borralheira –
Borrifãs (Gz.) - graf. altern. "Borrifans"
Bosturenga –
Bota – ver “Vale da Bota” –
Botão –
Boto – ver “Ribeira do Boto”
Bouça

Bouças (Pt. e Gz.) – na Galiza, pode ter a graf. altern. "Bouzas", sem alteração fonática

Boucela
Boucelha
Boucinha
Bouçoães
Bouçoais – alternat. a "Bouçoães"
Bouçós – diminut. de “Bouças”
Bougado –
Bouro – o mesmo que “Boiro”
Boxinos –

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra A (4)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)

Asa- a Azu-


As Antas (Gz.) – ver "Antas"
As Cachadas (Gz.) - ver "Cachada"
As Candas (Gz.) – ver "Canda"
As Chairas (Gz.) – ver “Cheira"
As Lagoas (Gz.) –
Asnela – ver “Asnes”
Asnes - por “Anses”? ver “Anços”
As Neves (Gz.) – ver “Neves"
As Pontes (Gz.) - ver “Ponte (s)”
Aspela –
As Raposeiras (Gz.) –
Assim Chamado – graf. correcta desc.
As Veigas (Gz.) –
As Vendas (Gz.) –
Assafarge –
Assafora – árab. “assahra”: “campina”
Assares –
Asseca –
Asseiceira – por “A Seiceira”?
Assenta –
Assequins –

Assilhó – duplo diminut. femin. de Ossa: Ossa - Ossela - Osselola - Osseloa: Assilhó

Assureiras –
Ataboeira – por “A Taboeira”?
Atães –
Ataíja –
Ataíja de Baixo –
Atalaia – o mesmo que “Vela”, “Vigia"
A Teixeira (Gz.) - ver "Teixeira"
A Teixugueira (Gz.) -
Atenor –
Atiães –
Atibaia (Br.) -
A Torre (Gz.) -
Atouguia –
Atouguia da Baleia –

A Toxa (Gz.) - vila frequentemente alcunhada de "La Toja", o que não é galego-português nem faz qualquer sentido. ver "Tocha"

Aúde (Gz.) -
Avanca – “av” + “anc” ? rio+rio
Avantos –
Ave, Rio –
Avecasta –
A Veiga (Gz.) - ver "Veiga"
Aveiras –
Aveiras de Baixo –
Aveiras de Cima –
Aveiro -
Aveiros – ver “Praia de Aveiros” –
Avela –
Avelal –
Avelal de Baixo –
Avelal de Cima –
Avelames, Rio –
Avelanoso (Mir.)
Avelar – o mesmo que “Avelal"
Avelãs de Caminho –
Aveleda (pronunc. “Avelêda”) –
Aveleira – nome sempre ligado a serras. será “A Veleira”?
Avenal –

Aver-o-Mar – grafia exacta desconhecida. preferível “Avremar” ou "Abremar" (?)

Avessada – ver “Bessa”, “Bessada”, “Abessadinhas”
Avessadas – ver Avessada”
Avia, rio (Gz.) – ver “Ave”
Avidagos –
Avidos –
A Vila (Gz.) - ver "Vila"
Avinhó - está por "A Vinhó"? ver "Vinhó"
Avintes –
Avión (Gz.) - graf. altern. “Avióm”
A Viqueira (Gz.) -
Avis – por “Aviz”
Avitureira – ver “Abitureira"

Avô – hidrónimo? diminut. de “Avus” (rio). atenção: os rios eram femininos!

Avões – gente vinda do vale do “Ave”?
Avos –
Azambuja – por “A Zambuja”? Ver “Zambujal” e “Zambujeira”
Azambujeira – por “A Zambujeira”
Azeitão –
Azeiteiro” –
Azenha – árab. “aççania“a nora”
Azenha de Cima –
Azenha do Cano –
Azenhas do Mar –
Azenha do Rio –

Ázere – desc. “junto ao rio” (?), “rio” (?). “Ázere” (Viana do Castelo) e “Ázere” (Coimbra) ficam junto a um rio. ver “Odiáxere”. ver “Fonte do Azeral"

Azervadinha –
Azerveira –
Azevedo (Pt. e Gz.) (graf. altern. “Acevedo”) –
Azevo –
Azias –
Azibal –
Azinhaga –
Azinhal –
Azinhalinho –
Azinheira dos Barros –
Azival –

Azóia – árab. “az-zavia”: “o mosteiro”. noutras zonas ficou "Almoster" e noutras "Mosteiro", "Mosteirô" (diminut.), consoante pendia a relação de poder islâmica-cristã

Azóia de Baixo –
Azóia de Cima –
Azóia, Stª Iria de –
Azueira –
Azurara – por “A Zurara” (?)
Azurva –

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra A (3)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)

Alp- a Arz-


Alparrel –
Alpedrinha –
Alpedriz –

Alpendurada - de “al(árab.) + “pen…” + “do(u)rada”. ver “Penhas Douradas”

Alpenduradas – ver “Alpendurada”
Alpiarça –

Alportel – topónimo híbrido. de árab. “al” + “Portel(a)" : A Portela. ver “Portela”, “Portel”

Alportuche –
Alpouvar –
Alpriate -
Alqueidão –
Alqueidão da Serra –
Alquerubim –
Alqueva –
Alqueve –
Altamira –
Altar do Cuco –
Alte –
Alter –
Alter do Chão –
Alter Pedroso –
Alto da Barra -
Alto da Casica –
Alto da Estrada –
Alto da Maria Dorme – graf. correcta desc. “Alto de Mariadorme”?
Alto da Portela do Pau – ver “A Portela do Pau”
Alto da Urreta –
Alto dos Moiros –
Alto das Vinhas –
Alto do Mariola – ver “Mariola”

Alto Douro – designação muito incorrecta, dado tratar-se, realmente, de Riba Douro

Alto Minho – designação muito imprecisa, já que se trata da região da margem esquerda final do rio Minho. dever-se-ia chamar “Baixo Minho”, como o fazem os galegos.

Alto Varatojo –
Altura –
Alturas do Barroso –
Alva –

Alva, serra de – nome muito antigo. Cf. Albânia, Albion. Ver “Alba”

Alvadia – raiz “Alba”. ver “Alba”, “Alvão”
Alvados –
Alvaiázere – “Alva” + “Ázere” (?): “rio-rio”?
Alvalade – árab “al-balãt”: caminho, via.
Alvalade do Sado –
Alvaledes – árab. “al-balãt”: caminho, via. ver “Alvalade”

Alvão, Serra de – raiz “Alba”. ver “Alva"
Alvaredos –
Alvarelhos –
Alvarenga –
Alvares –
Alvarim –
Alvarinho –
Álvaro –
Alvega –
Alveite Grande – ver “Alfeite”
Alvendre –
Alverangel –

Alverca – “al” + “verca”: “o tanque”, “o depósito de água”, “a lagoa (artificial) ”

Alvercas –
Alviada –
Alviela – "pequeno Alva"
Alviobeira –
Alvisquer –
Alvite –
Alvite de Baixo –
Alvite de Cima –
Alvites –
Alvito –
Alvoco – pronunc. "Alvôco". diminut. desc. : “pequeno Alva”
Alvoco da Várzea – está por Várzea do Alvoco?
Alvor (pronunc. “Alvôr”) –
Alvorca –
Alvorge – árab. “al-burj”: “a torre”
Alvorninha –
A Maranha (Gz.) - graf. altern. "A Maraña"
Amarante (Pt. e Gz.) –
Amarante, Ribeira de – (na Região de Lafões)
Amarelos – ver "Várzea dos Amarelos"
Ameal –
Ameal do Campo –
Ameixeiral –
Ameixieira –
Ameixoeira –
Amêndoa –
Ameneiral (Gz.) -
Ameneiro (Gz.) -
A Merca (Gz.)
Amerelos –
Ames (Gz.) –
Amial –
Amiais de Baixo –
Amiar – o mesmo que “Amial” e “Ameal”?
Amieira –
Amieiro –
Amilo –
Amoedo (Gz.) –
Amoeiro (Gal.) –
Amonde –
Amor (pronunc. “Àmor”) –
Amoreira – por “A Moreira” , “Moraria”: sítio onde há “quem more”
Amoreira do Repolão –
Amoreiras – plural de “Amoreira”
Amorim (Port. e Gal.) –
Amorosa – ver "Mor-", "Mouro", Marão"
Ana Carvalha –

Anaguéis – ouvi da população local dizer “O Anaguéis”. a confirmar. nunca fui de opinião que as pessoas não saibam dizer o nome da sua própria terra.

Anais –
Ana Loura – grafia exacta desc. : “Analoura"

Anc-/Anç-/Ant- desc.: “ribeiro”,“fonte de água corrente". exº:Ancão, Ançã, Âncora, Anços, Antuã, Anker [“Alenquer”],“Ínsua” (?) = ”ênçua”

Ançã, Ribeira de –
Ancão, Rio –
Ancas – do grupo “Ancão”, “Ançã”, “Âncora”…?
Anceriz –
Âncora – ver "Âncora"

Âncora – ver “Anc-“. a grafia deveria ser "Áncora", para não se confundir com o aparelho náutico com o qual este topónimo nada tem que ver.

Anços
Andorinha – tido por topónimo euskera

Andorinho, Vilar de - tido por topónimo euskera. ver “Andorinha” e “Anduriña” (Euskadi)

Andrada –
Andrade (Gz.) -
Andrães –
Andreus –
Andrineiras (Mir.) –
Andrinos –
Anduriña (Gz.) – ver “Andorinha”
Anelhe –
Angeão –
Angeiras –
Angeja – raiz "anc", "anç",“ant”
Angios –
Angra –
Angra do Heroísmo –
Angra dos Reis (Br.) –
Angrinha – diminut. de “Angra”
Angueira – raiz “anc”, “anç”, “ant”
Angueira, rio – raiz “anc”, “anç”, “ant”
Angústias -
Anha –
Anhangabaú (Br.) -
Anhangay, Rio (Br.) - tupi-guar:anhangá (diabo)+y(rio): “rio do diabo”
Anhões – gente que veio de “Anha”
Anobra – terminação em “briga” (celt.)
Anseriz – o mesmo que “Anceriz"

Ansiães - v. “Carrazeda de Ansiães”. genitivo de “Ansila”, antrop. germânico

Ansião – raiz “anc-“, “anç-“, “ant-"
Anta -
Antanhol –
Antas -
Anteiras –
Antemil –
Antes – provavelmente por “Antas”
Antigo –?
Antuã, Rio – raiz “anc-“, “anç-“, “ant-"
Antuzede (pronunc. “Antuzêde”) –
Ão, Om, Home, Homem - desc. muito antigo “aum”: “rio, ribeira”
A Pastoriça (Gz.) - graf. altern. "A Pastoriza"
Alvaiázere – “Alva”+ “Ázere”, “rio+rio? nesse, caso, “Ázere” é mais antigo que “Alva"
Apiay (Bras.) – tupi-guar.: “lugar alagadiço"

Apiteribú (Bras.) – tupi-guar.: apyter+ ybú : “a fonte do meio”. variantes: “Poteribú”, “Potribú"

A Pomba (Gz.) -
A Ponte Nova (Gz.) - graf. altern. "A Pontenova"
A Porta do Rolo (Gz.)
A Portela do Pau (Gz.)
Apostiça - “A Postiça”?
A Praga (Gz.)
Apúlia –

Aracajú (Br.) – tupi-guar.: ara (tempo) + cajú (cajú): “ (cidade) do tempo do cajú”, isto é, cidade muito antiga, uma vez que os índios contavam o tempo a partir do “aparecimento do cajú”

Arada –
Arada, Serra de –
Aradas –
Arade – hidrónimo do grupo “Aro”
Arado –
Aral –
Aranhas –
Arão –
Araújo –
Araúxo (Gz.) – o mesmo que “Araújo” –
Aravil, rio – do grupo “Aro”, “Arade”, “Arelho”, “Arouce”
Arazede (pronunc. “Arazêde”) –
Arbo (Gz.) – do grupo “Árvore”? (“porto”?). ver "Árvore"
Arca -
Arcas –
Arcela – diminut. mediev. de “Arca”
Arco – lugar onde existe ou existiu um arco ou arcos (ruínas)
Arco de Baúlhe –
Arcos - ver "Arco"
Arcos de Valdevez – “vale de Vez”
Arcossó – graf. correcta desc.
Arcozelo (pronunc. “Arcozêlo”) – "Arco"
Arcozelo das Maias –
Arda, rio –
Ardazubre –
Ardegão –
Ardela – pequeno “Arda”
Ardesende (Gz.) –
Areeiro –
Arega –
Areias –
Areias, S. João de –
Areias de S. João – “Areias, S. João de"
A Regueirinha (Gz.) - graf. altern. "A Regueiriña"
Arelho – diminut. de “Aro” (rio): ribeiro
Arentim -
A Requeixada (Gz.)
Ares (Gz.) –
Arestal –
Arga –
Arga de Baixo –
Arga, Serra d’ –
Arganil –
Argenteira –
Argeriz –
Argoncille –
Argozelo (pronunc. “Argozêlo”) – o mesmo que “Arcozelo”
Aricera –
Ariz (Àriz) – o mesmo que “Alariz”. Ver “Alhariz” ou “Allariz”

Armação de Pêra – o topónimo refere-se a armação de pesca (do atum?). “Pêra” é topónimo de referência. ver “Pêra”

Armada –
Armamar –
Armental (Gz.) -
Armona, Ilha de –
Arnadelo (pronunc. “Arnadêlo”) – diminut. de “Arnado”
Arnado – terreno arenoso
Arneiro –
Arneiro das Milhariças –
Arnes –
Arnóia –
Arnoso – tido por topónimo euskera (??)
Aro/ Arade/ Arelho / Arouce /Arunca – desc. “ar-“+ sufix.: rio
Aroal –
Arões –
Arões, S. João de –
Arosa –
Arouca -
Arouce – ver “Aro”
Arousa, Ria de (Gal.) – da raiz “ar – “, “aro – “?
Arrabal –
Arrabalde – árab. “ar-abáde”: os subúrbios” (em relação a quê?)
Arrábida – árab: estabelecimento militar de defesa fronteiriça.
Arraial da Poupa –

Arraiolos – desc. “arroio” + dimin. plur. pequenos arroios (?), pequenos regatos (?)

Arrancada –
Arrancada do Vouga –
Arranhó – por “A Ranhó” – diminut. de “Ranha” –
Arrebentaço – ladeira muito íngreme em caminho de peregrinação
Arredal –
Arrentela –
Arrepiado –
Arribada (Gz.) -
Arrifana – árab.: “venda(s)”
Arrimal –
Arrochela –

Arroio – ribeiro, regato (raiz “ar-". também pode ter origem ibera: “arrogium” – canal de irrigação, dependendo das características do lugar

Arroios” – (zona de) regatos (raiz “ar-“)
Arrompida” – por “A Rompida”?
Arronches –
Arrota –
Arroteia –
Arroteias –
Arroteiras –
Arruda –
Arruda dos Pisões –
Arruda dos Vinhos –
Arteixo (Gz.) –
A Rua (Gz.) - ver "Rua"

Arunca – “Aro” (rio) + "Anc" (rio). a última parte da palavra é a mais antiga

Árvore – do germ. angl.(?) “harbour”: “porto”.
Arzila – Cf. “Arzila”, em Marrocos
Arzúa (Gz.) – tido por topónimo euskera

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra A (2)

(base de dados resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa do autor)

Ala- a Alo-

A Lagoa (Gz)–
Alagoa –
A Lama (Gz.)
Álamo –
A Lançada (Gz.) (graf. altern. “A Lanzada”) –
Alandroal –
Alagoas -
Alagoas (Br.) –
Alba - exºs “Barca d’Alva”, “Albânia”, “Albion”
Albanhar –
Albarde (Gz.) -
Albardeiros – gente de “Albardo”? ou "de Albarde"?
Albardo –
Albarraque – árab.: “chão duro"
Albergaria (Pt. e Gz.) – árab.: local de acolhimento de viandantes
Albergaria-a-Nova –
Albergaria-a-Velha –
Albergaria dos Doze –
Alberge –
Albernoa –
Albisqueiros –

Albufeira – do árab. al- buhairâ, diminut. de “bahr” (mar, lago ou lagoa), significa “pequeno mar”, “ria”

Alburitel –
Alburquel –
Alcabideche – o mesmo que “Alcabideque”
Alcabideque - ver ”Alcabideche”. do árabe: “A Fonte”
Alcácer – árab. “Castelo”, “Palácio”. O mesmo que “Paço”

Alcáçova – árab. “aglomerado populacional dentro dos muros de um castelo” Alcáçovas – plural de “Alcáçova”

Alcafache –
Alcafaz –
Alcafozes –
Alcaide –
Alcainça – árab. “kaniça”: “a igreja”
Alcains – árab.: “a igreja”. Ver “Alcainça”
Alcainz (Gz.) (pronunc. “Alcainç”) – o mesmo que “Alcains”
Alcalar –
Alcambar – hidrónimo?
Alcanadas –
Alcanede –

Alcanena – do árab. “o templo”, “a igreja”. ver “Alcains”, “Alcainz”, “Alcañices”

Alcanhões –

Alcañices (Cast. -León) – ver “Alcains”, “Alcainz”, “Alcanena”: “as igrejas”

Alcântara – árab. “al-qântara”: “A Ponte”

Alcantarilha – árab. “al-qântara” + sufix. diminut. castelh. “illa”: pontinha

Alcaria – árab. “aldeia” (de gente muçulmana). o mesmo que “Caria”

Alcaria Alta – topónimo híbrido (árabe + português) - "aldeia elevada"
Alcaria Longa –
Alcaria Ruiva –
Alcarias –
Alcarrache, Ribeira de –
Alcarraques – do árab.: "a (aldeia) dos que fazem alpergartas"
Alcoa, rio – por “Rio O Côa”?

Alcoba – árab. “alqúbba”: “a cúpula (de um templo do sol). vem do pelvi “gumbad”

Alcobaça –
Alcobaça (a do concelho de Monção) –
Alcobertas –
Alcochete – árab. “o Forno”
Alcoentre –
Alcofra – hidrónimo
Alcoitão –
Alcongosta –
Alcorochel –
Alcórrego ou Alcôrrego–
Alcource – ver “Vala de Alcource”

Alcoutenejo - é hidrónimo. diminut. de "Alcoutim", com influência do castelh.

Alcoutim –
Aldán (Gz.) – o mesmo que “Aldão”
Aldão –
Aldeia –
Aldeia da Piedade –
Aldeia da Ribeira –
Aldeia das Dez – uma lenda esotérica tenta explicar este nome.
Aldeia da Serra -
Aldeia de Irmãos –
Aldeia de Palheiros –
Aldeia de Pingalhetes –
Aldeia do Bispo –
Aldeia do Mato –
Aldeia do Meco –
Aldeia do Meio –
Aldeia do Pico –

Aldeia Formosa – designação eufónica dada a uma “Punhete” de Seixo da Beira, no Séc. XIX, então já uma cacofonia. ver Punhete

Aldeia Fundeira –
Aldeia Galega de Merceana –
Aldeia Grande –
Aldeia Nova –
Aldeias –
Aldeia Velha – existe o topónimo "Cadima" com o mesmo significado
Aldeota (Br.) – diminut. de “aldeia”
Aldoar –
Alegrete –
Além –

Além do Rio - topónimo evidente, não define de onde é visto esse “além”

Além Tâmega -
Alencarce de Baixo -
Alencarce de Cima -

Alentejo – graf. correcta desc. nota: não é a Região conhecida por “Alentejo”

Alentejo – “para além do Tejo”. nome dado por gente do lado norte do Tejo, já que “além Tejo” fica a Sul. antes chamado “Antre Tejo e Odiana”

Alentisca – por “A Lentisca”? ou “Al-Lentisca”?
Alfafar – árab. “al-fahhãr”: olaria
Alfaião –
Alfaiatas -
Alfaiates -
Alfama – árab. “al-hamma”: Caldas, Termas
Alfambra –
Alfândega da Fé –

Alfarelos – dimin. plur. de “Al-Faro”: o farol (?). Sítio onde havia vigias ou atalaias que emitiam sinais luminosos (?). (pressupõe uma zona de fronteira?)

Alfarim –
Alfarrobeira –
Alfeite -
Alfeizerão –
Alfena –
Alféolas –
Alferce –
Alferrarede –
Alfornelo –
Alfornelos –
Alfouvar – árab. “al-fauwara”: “o bolhão”
Alfouvar de Baixo –
Alfoz (Gz.) –
Alfrivida –
Alfusqueiro – é um hidrónimo
Algaça –
Algar – árab. “al-gár”: “gruta”, “caverna”
Algar Seco –

Algarve – do árab. “al-garb”: “O Ocidente”, “O Poente”, em relação à Arábia
Algarvia (Aç.) - aldeia povoada por gente provinda do Algarve
Algarvias –
Algereu -
Algeriz -
Algés -
Algodor–
Algodres –
Algoz -
Algoz Velho -
Algueirão – árab. “al-guerame”: “a gruta”
Alhariz (Gz.) (graf. altern. “Allariz”) – "terras de Alarico". genitivo de antropónimo germânico
Alho –
Alhões –
Alhos Vedros –
Alhandra –
Alhavaite –
Alheira –

Alijó – diminut. femin. de “A Lixa”, confirmado pela existência do topónimo “Lijó”

Alinhada –
Aliviada -
Alívio -
Alhadas, Serra das –
Aljezur – árab.: “al-jezira” (a ilha) (?)
Aljubarrota –
Aljuriça –
Aljustrel –
Almaça –
Almaceda –
Almada – árab. “al-Ma’din: “A Mina”

Almada do Ouro – topónimo híbrido que significa “a mina” do ouro

Almadanim – do árab. “al-ma’din”?
Almádena – o mesmo que “Almada”
Almadoira – o mesmo que “Almada do Oiro”
Almagreira –
Almalaguês – considerar: “Al-Malaguês”
Almancil – graf. correcta “Almansil”?
Almansôr –
Almargem – árab. “al-marge”: “o prado”
Almarginho – árab.: “o prado”(diminuit.híbrido)
Almarjão – árab. “al-marge”: “o prado” (aumentat.)
Almas da Areosa –
Almear –
Almeda do Gamonal – ver “Gamonal”
Almedina – árab.: “A Cidade”
Almegue – árab.: “poço”?
Almeida – árab. “al-mã’ida” ( mesa, meseta) : zona planáltica
Almeijoafras –
Almeirim –
Almenara (Br.) - árab.: "O Farol"
Almendra –
Almoçageme – árab. “al-mesjide”: “a mesquita”
Almodôvar – árab.: “O Redondo”
Almofala –
Almograve –

Almoinha – árab.: casal agrícola com especial vocação para exploração hortícola

Almoinhas – ver “Almoinha”
Almorquim –

Almoster – árab. “al” + lat. mediev. “monasterium” : “mooster”: “O Mosteiro”

Almourol – híbrido de árab. “al” + “mourol”? nesse caso, ver “Mouronho”, “Morouços”, “Môrro”, “Morreira”, “Mora”, “Moura”: “O Rochedo”?

A Lomba (Gz.) –
Alombada – por “A Lombada”?

Pateira



"Pateira" (pronunciar pàteira) aparece em Portugal e na Galiza. refere-se a um pântano, charca ou paúl. é o paraíso do pato bravo, uma ave-de-arribação agora debaixo de olho das autoridades (por ser potencial portadora de H5N1).
o pato tem aquela patusca compulsão para seguir. não lhe apetece nadar nem voar sozinho. a imaginação não lhe dá para mais: para onde vai o primeiro tem de ir o segundo.
estranha psique tem o pato.
há "Pateira" simples e composta. destas, a mais conhecida é a "Pateira de Fermentelos", na região de Aveiro.

topónimos relacionados com o pato:

Ilha dos Patos (Br.)
Lagoa dos Patos (Br.)
Patã
Pataias
Pateira (Pt. e Gz.)
Pateira de Fermentelos
Pateiras
Patos (Pt. e Gz.)
S. João dos Patos (Br.) - ver post





sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Topónimos Galego-Portugueses e Brasileiros - Letra A

começo hoje a publicação dos topónimos galego-portugueses e brasileiros por ordem alfabética, de acordo com a minha base de dados, resultante de recolha pessoal. não está autorizada a sua utilização sem autorização expressa.

TOPÓNIMOS:

de Aag- a Aju-:

A Agra (Gz.) – ver "Agra"
A Antela (Gz.) – diminut. de "Anta"
A Arnóia (Gz.) – ver “Arnóia”
Abação –
Abaças –
Abad (Gz.) – é hidrónimo
Abade (Gz.) – é hidrónimo

Abade de Neiva – ver “Abad”. é, provavelmente, um pleonasmo: "rio de rio"

Abades (Gz.) –
Abadia (Pt. e Gz.) – como hidrónimo ver "Abade". na Andaluzia é "Badia"
Abadim (Pt. e Gz.) – cf. “Abadiño” (Euskadi)

Abadín (Gz.) – o mesmo que “Abadim"
Abaira (Gz.) – que relação com "Beira"?
Abalde (Gz.) –
Abalea (Gz.) – que relação com topónimos como “Atouguia da Baleia”?
Abambres –
A Baña (Gz.) –
A Bola (Gz.) –
A Barca (Gz.) – ver “Barca”A Bola (Gz.) –
Abeção –
Abegoaria – local onde se pratica actividade rústica e se cria e guarda gado
Abela –
Abelaira (Gz.) - o mesmo que "Abeleira"?
Abeleira (Gz.) – o mesmo que “Abelheira” e “Aveleira”
Abelheira – o mesmo que “Aveleira

Abessadinhas – por “Avessadinhas”, diminut. de “Avessadas”?
ver “Abaças”, “Abeção"
Abicada –
A Biqueira (Gz.) -
Abitureiras –
Abiul –
Aboadela –
Abóboda –
Abobareira – o mesmo que “Aboboreira”?
Abobeleira – o mesmo que “Aboboreira”?
Aboboreira – cf. “Abobareira” e “Abobeleira”
Aboim –
Aboim das Choças –
Aboim da Nóbrega –
Aborim –
Abotoreira – o mesmo que “Abitureira”?
Abrã –
Abragão –
A Branca – vem do indo-europeu pré-romano“Avranca”. ver “Branca”
Abrantes –
Abraveses (pronunc. “Abravêses”) – por “Abravezes”?
Abravezes –
Abreiro –
Abreu –
Abrigada –
Abrunhal –
Abrunheira –
Abrunheiro Pequeno –
Abrunhosa –
Abrunhosa-a-Velha –
A Buraca (Gz.) – ver “Buraca”
A Cal (Gz.)
A Calçada (Gz.) - graf. alternativa "A Calzada"
A Camboa (Gz.)
A Cañiza (Gz.) –
A Capela (Gz.) –
Acedre (Gz.) -
Aceredo (Gal.) – o mesmo que “Azeredo”. que relação com “Ázere"?
Acernada (Gz.)
Achada
Achadas –

A Chaira das Corças (Gz.) (graf. altern. “A Chaira das Corzas”) – ver “Cheira”

Acheira – por “A Cheira”?
Achete –
A Chousa (Gz.) - ver "Chousa"
Acipreste –
A Cividade (Gz.) – ver “Cividade”
Açor - é orónimo
Açor, Serra de – pronunc. Açôr”
Açoreira –
Açores – nome associado a serranias
Açores, Arquipélago dos –
A Coroa (Gz.) - (povoado no alto?)
A Corunha (Gz.) (grafia altern. “A Coruña”) –
Açoteias –
A-da-…, A-de-…, A-dos-… – “A aldeia de (da, dos) …

Adães - patronímico germânico do antropónimo germânico "Athals" ("nobre")

A-da-Gorda -
A-da-Maia – na zona de Lisboa deu "(a) Damaia
Adão - ver "Ribeira (de) Adão"
A-da-Pêrra -
Adaúfe –
A-da-Velha –
Adémia
Adémia de Baixo
Adémia de Cima
Adiça –
Adinho, ribeira de – diminut. de “Adão”
Adoalho – ver “Adualho
Adões –
A-do-Pinto –
Adória –
Adorigo –
A-dos-Cunhados -
A-dos-Francos -
A-dos-Ferreiros -
A-dos-Loucos –
A-dos-Negros –
A-dos-Potes
A-dos-Pretos -
Adou de Baixo
Adou de Cima -
Adoufe –
A-do-Vreixa (Gz.)
Adrão –
Adro Velho –
Adualho –
A Esfolada (Gz.) –
A Estrada (Gz.) –
Afeiteira - está por "A Feiteira"?
Afife –
A Fonsagrada (Gz.) –
Afonsim –
Afonsoeiro – graf. correcta desconhecida (“A Fonte do Soeiro"?)
Afonsos
A Frangueira (Gz.) – o mesmo que “Franqueira”?
Afurada – por “A Furada”?
Agadão –
Agêda –
Agilde –
Agodim - ver "Agudim"
Agolada (Pt. e Gz.)–
Agolada de Cima –
Agra

Agrela – diminut. de “Agra”. mas também é orónimo: neste caso, estará por "Arguela"?

Agrêlo - diminut. de "Agro"
Agrelos – diminut. plur. de “Agro”
Agro –
Agroal –
Agrobom
Agrochão – o mesmo que “Agro Chão” ou agro plano
Aguada – de “água”
Aguada de Baixo –
Aguada de Cima –
Aguadalte –
Água d'Alto (Aç.) -
Água de Madeiros –
Água de Pau (Aç.) -
Água de Peixes –
Água Derramada - será "de Ramada"?
Água Levada – hidrónimo
Água Longa –

Aguapey, Rio (Bras.) – tupi-guarani.: aguape (nenúfar)+ y (rio): rio dos nenúfares

A Guarda (Gz.) – graf. altern. "A Garda"
Água Revés –
Águas –
Águas Belas –
Águas Boas –
Águas de Moura –
Águas de Verão –-

Águas dos Fusos -
Águas Frias –
Águas Santas – diz-se de fontes em que a água tem propriedades curativas
Águas Vivas –
Aguçadeira – ver “Aguçadoura”
Aguçadoura –
Aguda –
Agudim -
A Gudinha (Gz.) – graf. altern. “A Gudiña”
Águeda
Agueiro – de “água”
Agueiros – de “água”
Aguiã –

Aguiar – lat. “aquila” : águia – “aguial”: “sítio de águias”. o mesmo que “Shkiperia” (Albânia)

Aguiar da Beira –
Aguieira – de “água”
Aguieiras –
Aguim – de “água”
Agunchos –
Aiana –
Aiana de Cima –
Aiba (Br.) -
Aiolos –
Airães –
Airão, S. João de –
Airoá (Gz.) -
Aivados –
Ajuda -
Ajuda da Bretanha -

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O Carvalho Toponímico


em Toponomástica, "Carvalho" provém da raiz kar-, que para Rostaing (1965) é de origem pré-indo-europeia e significa "rochedo". há topónimos em "Car-" por esta Europa fora que, de facto, se referem a "pedras". é o caso de Carrara (It.), a terra do mármore. este "Car-", ou "Car-b-", está tamém na origem de topónimos em "Cabr...".
mas Amaral e Amaral (2000) acham que cara- deriva do antigo europeu e significa "alto", dizendo, por outro lado, que karregg- é celta e significa "pedra".
a verdade é que o topónimo "Carvalho" ou "Carbalho" já se escreveu Carbalio, Karualio, Karuallo ou Carualio.
e também é verdade que os "Carvalhos" que eu conheço se colocam, em geral, em ponto alto e dão nome a um ou outro pino pedregoso de importância menor. são parentes do "Caramulo" e da "Carapinha".
quanto ao celta karregg- , aparece em Carregal, Carregosa, Carregosela e afins, designando locais mais pedregosos do que altos.

Machado (2003) aceita que "Carvalho" seja a árvore "carvalho", no que eu não creio, porque, tratando-se de uma estirpe vulgar no tempo em se dava o nome às terras, não tinha relevância que chegasse para tantos topónimos. seria como chamar "Coqueiro" a tantas outras terras no Brasil.
mas é como a história de "Pinheiro", "Figueira", "Aboboreira", etc, de que já tratei: não dão nome às coisas, absorbem o nome de outras coisas. nem fitónimos são.

a coisa muda de figura se se tratar de mais que um carvalho. um grupo de carvalhos de bom porte já pode ser suficientemente distintivo para dar nome a uma terra. talvez "Carvalheda", que tem conotação colectiva, signifique um "bosque de carvalhos".

a verdadeira, velha e digna árvore carvalho é outra coisa: era a morada de Bellenos, a manifestação da divindade celta que reunia as características do Apollon dos gregos. que, para Chevalier e Gheerbrant (1969), "sintetiza em si inúmeros opostos que sabe dominar, perfazendo um ideal de sabedoria. realiza o equilíbrio e a harmonia dos desejos sem suprimir as pulsões humanas, orientando-as, antes, para uma espiritualização progressiva, graças ao desenvolvimento da consciência". esse Bellenos pode estar na origem de topónimos como "Beleño" (Esp.) , "Belém" de Lisboa e talvez "Bèlinho" ou Beliño".

exemplos de topónimos "Carvalho" e derivados ou do mesmo grupo:

Cabral -
Cabrão - hidrónimo: "rio Cabrão"
Cabras - hidrónimo: "ribeira das Cabras"
Cabreira (Pt. e Gz.) -
Carbalhinho (Gz.) - ainda se pode encontrar a grafia "Carballiño"
Carbalho (Gz.) - ainda se pode encontrar a grafia "Carballo"
Carvalha
Carvalhas
Carvalheda - (?)
Carvalheira

Carvalhelhos - diminutivo de "Carvalhos". influência do bable asture-leonês

Carvalhido
Carvalho
Carvalhos
Carvalhosa

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Seara, Senra, Serna e derivados

diz-me Alvarellos (3ª ed., 1951) que "senra" é "uma herdade ou porção de terra de cultivo". e diz-me tamém que "serna" é "o trabalho de cultivo gratuito a que os vassalos estavam obrigados, na Idade Média, nas terras dos seus senhores". daí, infiro eu, "terra sernada" ou "terra assernada" ou "acernada". por seu turno, Ballester (1997) diz-me que "serna" é o mesmo que a "senra" galego-leonesa e a "seara" galega, isto é, deriva da palavra latina "senara" cujo significado aproximado é "porção de terra de semeadura". Machado (3ª ed., Vol. 3, 2003) acha que "senra" provém de "serra". pelo que conheço do mundo rural, vou por Alvarellos e Ballester. nem sempre a autoridade mais académica tem razão, e nem os académicos dignos desse nome têm semelhante pretensão ou pesporrência (como diz o outro). se assim não fosse, o estudo da Toponomástica portuguesa teria acabado em Leite de Vasconcelos, em Piel ou na Enciclopédia Luso-Brasileira.
embora muito pela rama, já tinha abordado o tema deste post noutro local.
a questão tem consequências na grafia. a verdade é que estes vocábulos têm mudado, um tanto misteriosamente, a sua grafia, alternando o S com o C inicial. o mesmo se passa com Serzedo, Serzedelo, Seide. e o mistério reside em que "c" era um som bem diferenciado de "s".
o mesmo Machado (ibidem) diz que "cernada" vem de "cerna", que significa "seara".
pode haver aqui uma confluência de palavras parecidas mas diferentes, para significados que o tempo confundiu.


Acernada (Gz.)
Lugar da Senrinha

Macieira de Sarnes - muito curiosa, a sua relação com "Sernache"... mas a ligação "Sarnes" - "Sernache" talvez não passe de uma coincidência. "Sal-" e "Sar-" são partículas ligadas à hidronímia. ver post.

Mateira de Sarnes - a mesma questao de "Macieira de Sarnes"
Quinta da Senra
Rua da Senrinha
Sarnada
Sarnadas
Sarnadinha

Seara (Pt. e Br.) - na do Brasil (SC) situa-se o maior museu de insectos de todo o mundo

Seara de Poiares
Seara Velha
Senra
Senrinha
Sernache dos Alhos - tamém conhecida apenas por "Sernache"
Sernache do Bonjardim
Sernada - também aparece com a grafia Cernada (Pt. e Gz.)
Sernada do Préstimo
Sernada do Vouga
Sernadas - também aparece com a grafia Cernadas (Pt. e Gz.)
Sernadela - também aparececom a grafia Cernadela (Pt. e Gz.)
Sernadelo
Sernadinho
Sernelha



domingo, 4 de fevereiro de 2007

Linhares


pode dizer-se que nasci entre cultivadores do linho. em casa dos meus avós maternos toda a gente sabia tudo sobre o linho e todas as mulheres trabalhavam nele, desde a pré-fiação à tecelagem, costura e bordo. vivi a minha infância entre lençóis, toalhas e bordados de linho.
ainda há por lá os restos de teares, dobadouras, fusos, rocas, sei lá. veio depois a popline, o algodão, a fibra têxtil. o cultivo do linho foi decaindo por falta de procura, reservado para fins e ocasiões especiais.
vem isto a propósito dos topónimos "Linhares" e aparentados.

"linhares" ou "linhais" são campos de cultura do linho. presupõem as condições necessárias para o desenvolvimento do cultivo dessa planta (abundância de água e temperaturas baixas). o topónimo ocorre no singular, no plural e no diminutivo. no Brasil existe a cidade de Linhares (ES) - ver Comentº Jolorib. é topónimo frequente na Península Ibérica, aparecendo em lugares muito afastados de Portugal e da Galiza, sob a grafia castelhana "Liñares". "linhar" e "linhares" são as formas mais galaico-durienses, enquanto "linhais" aparece mais no Ribatejo, Alto Alentejo e Algarve.

Campo dos Linhais
Linhais
Linhais da Serra
Linhar - o mesmo que "linhal" (campo de cultivo do linho)
Linhar da Escola
Linhar da Peixota
Linhar de Pala
Linhar do Carrezido
Linharelo - diminutivo de "Linhar"
Linhares (Pt., Gz. e Br.)
Linhares da Beira
Linharinho (Gz.) - diminutivo de "Linhar"
Linharinhos (Gz.)
Linheira (Gz.)
Linheiras (Gz.)
Linheiro (Gz.)
Porto do Linho (Gz.)
Quinta do Linhais
Ribeira de Linhais
Rua do Linhar



sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Toponímia Galego-Portuguesa e Brasileira faz Escola






iniciou-se em 1 de Dezembro de 2006 a publicação do blogue deaveiroeportugal dedicado à toponímia.
surgiria, assim - pensava eu -, a possibilidade de um frutuoso e são confronto de ideias, em matéria onde sobram opiniões e escasseiam certezas.
mas o que veio a seguir foi uma linda surpresa. Toponímia Galego-Portuguesa e Brasileira (TG-PeB) passou a contar com um brilhante e esforçado discípulo: as postagens seguem de perto os artigos aqui publicados, com uma constância deveras honrosa. e , ao contrário das opções editoriais de TG-PeB, vêm seguidas de profusa bibliografia, para elucidação de eruditos estudiosos da matéria.
bibliografia essa que, como não podia deixar de ser, é conhecida de TG-PeB.





quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Cabeças, Cabecinhas, Cabeços e Cabeçudos



"Cabeças", derivados e compostos são topónimos que se referem ao cume ou à cumeada de uma grande quantidade de montes e montanhas secundárias de Portugal e da Galiza. muitas destas "cabeças" e "cabeços" são, como já vimos, motivo e objeto de veneração popular numa atmosfera de religiosidade pagã. são as "cabeças santas", as "santas da cabeça", os "cabeços santos", etc., que continuam cultos ancestrais, já anteriores aos romanos, como é o caso de "larouco", "senhora da peneda", "senhor da serra" e assim por diante.


Cabeça (Pt. e G.)
Cabeçadas (Pt. e Br.) - significa "várias cabeças"

Cabeça Gorda - "gorda" no sentido de "avantajada", como as que existem na Andaluzia ("Cabeza Gorda")

Cabeção (Pt. e Gz.) - na Galiza: "Cabezón" ou "Cabeçom", sem grande ou nenhuma alteração da oralidade

Cabeceira (Pt. e Gz.)
Cabeceiras
Cabeceiras de Basto
Cabecinha - diminutivo de "cabeça"
Cabecinho - diminutivo de "Cabeço"
Cabeço
Cabeço da Mina
Cabeço das Fráguas
Cabeço de Vide
Cabeço do Fogo
Cabeço do Soito
Cabeço do Vouga

Cabeço Santo - em S. Mamede, Lorvão, Penacova; na freguesia de Belasaima, Águeda

Cabeço Verde