sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Raias e Fronteiras


o topónimo "Fronteira", simples ou composto, é mais frequente em Espanha (Andaluzia - An.) que em Portugal - e não se refere à linha divisória entre os dois países. é a cristalização de um período de relativa estabilidade na linha divisória entre o mundo cristão e o mundo muçulmano, sendo que, pela sua localização bastante a sul, corresponde a uma época já tardia do domínio muçulmano na Península (o Reino de Granada).
o topónimo Fronteira não o conheço na Galiza, nem junto a León nem perto de Portugal.
a fronteira luso-espanhola é conhecida por "Raia", que pode ser "sêca" se não for formada por um rio. em Goa, na antiga Índia Portuguesa, também existe o topónimo "Raia".
fronteira mais velha é a designada pela palavra "Extremadura" (Es.) ou "Estremadura" (Pt.), que significa, genericamente "o território que extrema", ou faz fronteira. no caso, com os reinos mouros tamém. mas, parafraseando a lápide da catedral de Zamora, esta é uma fronteira milenar que separa o Norte do Sul, que põe em contacto a Europa do norte com as sucessivas culturas das margens mediterrânicas.

sobre este assunto pode consultar-se ainda o post "Marcos, Malhões e Fronteiras"

exemplos:

Aguilar de la Frontera (An.)
Arcos de la Frontera (An.)
Castellar de la Frontera (An.)
Cerrado da Raia (Pt.)
Chiclana de la Frontera (An.)
Conil de la Frontera (An.)
Cortes de la Frontera (An.)
Extrema (Br.) - ver Comentº
Estremadura (Pt.)
Extremadura (Pt.)
Fronteira (Br.)
Fronteira (Pt.) - vila do distrito de Portalegre
Fronteira dos Vales (Br.)
Fronteiras (Br.)
Jerez de la Frontera (An.)
Jimena de la Frontera (An.)
Morón de la Frontera (An.)

Oliva de la Frontera (Est.) - esta localidade estremenha, junto à fronteira com Portugal, deverá constituir um dos poucos exemplos em que o termo "fronteira" se refere aos dois estados ibéricos

Palos de la Frontera (An.)
Raia (Goa)
Raia dos Vales (Pt.)
Raia Seca (Pt. e Gz.)
Salvaterra do Extremo (Pt.)
S. João da Fronteira (Br.)
Três Fronteiras (Br.)
Vila Verde da Raia (Pt.)


quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Os Templos dos Castrejos

apresentado por Jolorib, depressa o blogue de Manuel Anastácio se me tornou de leitura regular. e dou hoje de caras com esta postada especial: "Pormenores: Suásticas Castrejas da Citânia de Briteiros". onde se fala tamém dessas construções enigmáticas como a que a foto nos mostra.
tema que me movimenta os miolos há uns anitos bons, levou a fazer-lhe um comentário em primeira mão.
reproduzo-o aqui, com algumas revisões e correções. a foto é do blogue d'A Condição Humana.


















tenho reparado, aqui e ali, na presença dessas construções castrejas, de que a de Briteiros, por força das minhas origens, é necessariamente a primeira.
porém está descontextualizada, por falta de continuidade histórica até hoje. e, sendo assim, fica à mercê da imaginação dos arqueólogos.
sem mencionar mais, lembro a pequena capela que existe nas Termas de S. Pedro do Sul, junto ao complexo balneo-religioso romano.
é uma capelinha minúscula feita sobre ruínas de pequenos templos anteriores - garantia de uma continuidade no tempo, no lugar e na função.

a construção mais antiga está representada por várias pedras, uma delas embutida naquilo que agora constitui a cabeceira exterior(*) da capela. à qual não há como roubar-lhe a sua proveniência castreja nem lhe negar o paralelo com Briteiros.
a questão é esta: os castros são povoados, vivia neles gente, famílias, clãs, talvez uma tribo inteira. a que corresponde uma religião, um culto, uma crença, uma cosmogonia, uma visão do mundo. os trísceles e suásticas são um aspecto simbólico dessa religião ou dessa cosmogonia. a minha escolha do tríscele como emblema do blogue tem que ver com isso.
mas onde tinham os castrejos os seus rituais, os seus marca-passos sezonais, as suas cerimonias que os re-ligasse, a sua relação formal com o divino? onde estão, simplesmente, os templos castrejos?

a mim nunca ninguém me falou neles, nem de boca nem de livro.
mas eu penso que estão precisamente aí, nessas capelinhas minúsculas, ao fundo dos povoados castrejos, perto de linhas de água.




fogo, fumo, fuligem, tochas, velas nos templos, queima de incenso? em quais é que não há? serão, só por isso, fornos crematórios?
lugar de cerimónias de iniciação e de outros rituais? que templos o não são?
são pequenos? não são ainda mais pequenos os sacrários e os nichos das religiões de hoje?

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(*)
existe uma tendência regular para que a parte exterior das cabeceiras das igrejas e capelas cristãs exiba a forma de culto, ou de invocação religiosa, mais antiga do local. quem quiser comprová-lo vá, por exemplo, ao exterior da cabeceira da sé de Braga. aí se depara com o nicho da Senhora do Leite, a invocação da Mãe Terra por excelência (depois Ísis, depois Santa Maria) .
e querem saber? nas escavações levadas a cabo na Sé apareceu a imagem de Ísis, culto equivalente trazido por soldados orientais integrados no exército de Roma. e a invocação actual da sé: Santa Maria!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Mesquitas e Mesquitelas a norte do rio Douro



é muito estranha a existência de "Mesquitas" e "Mesquitelas" na toponímia galego-portuguesa a norte do rio Douro ou mesmo a norte do Mondego, em lugares onde é quase seguro que não pararam os mouros tempo que chegasse para as construir, quanto mais para as frequentar à sexta-feira - como é de preceito.

e se há no norte de Portugal e na Galiza a possibilidade de seguirmos os templos pagãos e suevo-visigóticos, por que não haveríamos de saber onde ficavam situadas as almasjid?

há topónimos de origem árabe cujo significado é "a mesquita " (islâmica), como "Almoçageme".

e mais: o sobrenome "dá Mesquita" é uma anomalia de peso. parece pedir um "a", antes de "mesquita", ou seja "da Amesquita". é caso único nos sobrenomes de origem toponímica, o que torna praticamente irrefutável a sua origem num topónimo Amesquita (*). e, a ser assim, lá estará, uma vez mais, a escrita traindo a oralidade.

na Galiza, existe uma Mesquita, tamém há quem escreva ou escrevesse A Mezquita e La Mezquita (onde este z dá que pensar) - a qual, pela sua localização tão a norte, dificilmente terá sido alguma vez "o lugar de prostração"(al-masjid) dos muçulmanos. a existência do diminutivo Mesquitela põe-me tamém na retranca.
constato, porém, que os mestres acreditam na tese da mesquita islâmica.

fazendo uma incursão por todo o norte da Península, encontro o topónimo euskera "Amezketa", o mesmo que "azinhal" ou "carrascal", na Província de Guipúzkoa, País Basco.
ainda em Euskadi, encontramos "Amezaga" (Província de Araba ou Alava), de ametz+aga, com significado muito próximo do primeiro.
e "Amezkoa", Alta e Baixa (Província de Nafarroa ou Navarra), em que "-koa" tem carácter genitivo, como se disséssemos "A do Azinho" ou "A da Azinheira".
uma característica curiosa destes locais é a sua tendência para os vales e encostas abruptas.


e pode bem ser que esteja aqui o segredo bem guardado das Mesquitas a norte do rio Douro - ou mesmo a norte do Mondego.


o topónimo guipuscoano "Amezketa" situa-se em terreno abrupto, na encosta de um monte e tem um rio que corre lá embaixo. a palavra resulta de "ametz" (azinho, carrasco) e "k-eta" (sufixo abundancial e colectivo). este padrão paisagístico é comum em várias povoações do norte peninsular e mesmo em regiões das Beiras, em Portugal.

a sul do rio Douro, também há topónimos em "Mesquita", simples e compostos. mas a palavra "Mesquita" pode aqui ter proveniências diferentes, cuja evolução fonética acabou por convergir: "amezketa" (azinhal, carrascal) e "al-masjid" (a casa de oração). distinguir uma origem da outra irá começar pelo aspecto do local e pelo tipo de história da ocupação mourisca.

no Brasil, a "Mesquita" tem uma de duas origens: ou é transposição de toponimo português ou resulta de homenagem a alguém com esse sobrenome. o mesmo se existir "Mesquitela".

quanto à origem do sobrenome Mesquita, é basicamente lendária e brumosa, tal como a dos topónimos correspondentes, tentando casar "al-masjid" com "amezketa". na realidade, consegue-se extrair da lenda alguns elementos com que é possível trabalhar: 1- quatro cidades, Braga, Miranda, Lamego e Viseu - que seguram a mão de "amezketa"; 2-uma actividade militar no norte de África, com passagem por mesquitas - que segura a mão de "almasjid". o casamento é perfeito.
o problema é Mesquitela...

alguns exemplos de "Mesquitas":

A Mezquita (Gz.)

Mesquita (Pt., Gz. e Br.) - nem tudo se resume a almasjid e amezketa. alguns topónimos compostos resultam de um sobrenome, do proprietário por exemplo

Mesquitas - este plural é esquisito. já uma masjid é muito, que fará mais que uma...pode tratar-se, no entanto, do sobrenome de família dos (primeiros) proprietários

Mesquitela - os diminutivos, indicam, em geral, uma povoação derivada de outra. neste caso, seriam derivadas de uma povoação com nome de "Mesquita". ou podem indicar uma povoação que comparada com outra era menor na época em que foi assim chamada. esta hipótese convém a amezketa, mas não a almasjid

San Vitoiro da Mezquita (Gz.)



espero que tenham gostado desta nota. se não servir para mais, já que se trata apenas de uma pista, servirá de tópico a que não se dê importância apenas às componentes exóticas da língua, o latim, o árabe, etc. a componente nativa aborígene ainda se pode reconhecer. é preciso saber procurá-la. o euskera, ou basco, é uma excelente carta de navegação para encontrá-la.

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(*) o caso não é de somenos. em lugar de andarmos à procura de um significado "convincente" para "A Mesquita", seja ele qual for, parece-me mais prometedor caminho procurar o significado de "Amesquita". foi o que fiz.



segunda-feira, 25 de setembro de 2006

O Fracasso de Vila de Rei



de acordo com notícia do Sol (p. 40 e 41, pdf), dói-me ter de informar frequentadores e amigos deste blogue que o primeiro rebento do projecto de Vila de Rei sofreu abortamento espontâneo, por má qualidade da matriz. não sobra nada, só desadaptação, tristeza, fantasias perdidas e lágrimas que cheguem. não sei que novos filhos vão querer nascer de um projeto assim.

quando a esmola é muita ou a banana é muita, pobre sabido desconfia e macaco avisado também.
amigos, venham do jeito que costumam vir, não embarquem em navio iluminado que apareça por aí. pode ser pirata. pode ser negreiro. talvez a nave dos loucos... pode ser... sei lá o que pode ser!

...mas eu também acreditei...




quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Casas e Casinhas

a toponímia é um discurso sobre a oralidade. a passagem de um topónimo à escrita é fonte de imensos equívocos, hoje como ontem. as diferenças de pronúncia, por vezes subtis, tornam-se diferenças maiores quando passadas a escrito. veja-se o caso de "Caselhas" e "Coselhas". ainda mais perturbadora é a escrita do mesmo fonema em norma linguística diferente. escrever Casinhas ou Casiñas, assim como escrever Olivença ou Olivenza é exactamente o mesmo, mas não parece. a questão é que optar por uma grafia ou por outra significa uma escolha política prévia. se se está do lado da Meseta optar-se-á pelo ñ em lugar do nh, pelo z em lugar do ç e pelo ll em lugar do lh. e fica identificada a espécie de pessoa que escreve e o que pensa do mundo e de si mesma


Barracão (Pt. e Br.)
Cabana
Cabana de Bergantinhos (Gz.)
Cabanas (Pt. e Gz.)
Cabanas de Viriato
Cabanelas (Pt. e Gz.)
Cabaninha
Cabaninhas
Casa Branca (Pt. e Br.)
Casa do Sal
Casa Grande (Br.)
Casaínho
Casais (Pt. e Gz.)
Casal
Casalinho (Pt. e Gz.)
Casalta

Casa Nova (Pt., Gz. e Br.) - em basco ou euskera há o topónimo e sobrenome "Etcheberria", "Etcheverria", "Echeverria", "Etxebarria", que quer dizer, também, "casa nova". deste resultou
o topónimo navarro "Javier" (Xavier), origem deste nome e sobrenome, bem como do hagiónimo S. Francisco Xavier

Casas (Pt. e Gz.)
Casas Novas
Casas Velhas
Casa Telhada
Casebres
Casegas
Caselas
Casinhas

Catraia - pode fazer uma certa confusão a portugueses do norte, para quem "catraia" é o mesmo que "menina", "miúda", "moça muito jovem". mas aqui é o mesmo que "casinhota"

Catraia Cimeira
Catraia de S. Paio
Catraia de S. Romão
Catraia dos Poços
Catraias

Coselhas - uma das variante dos diminutivos de Casas : Casinhas; Casegas, Casicas; Caselas, Caselhas, Casillas (Cast.), Coselhas.

Mesão - em francês: "maison"
Mesão Frio - pronúncia "mesonfrio".
Mesonfrío (Gz.)
Palhaça
Palhais
Palheira
Palheiro
Palheiros
Palhoça (Br.)
Pousa (Pt. e Gz.)
Pousada (Pt. e Gz.)
Pousada de Saramagos
Pousadinha
Sá (Pt. e Gz.) - do germânico "Sala", passando por "Saa". em francês, "Salle"
Saa (Gz.)
Saavedra (Gz.)
Sala - ver Sá e Saa
Salas (Gz.)
Sás (Gz.)
Salzeda de Caselas (Gz.)


terça-feira, 19 de setembro de 2006

As Fontes




... pois começaria por perguntar o que vem a ser uma fonte. ...e a resposta é... boa pergunta!
pedindo ajuda à sinonímia, encontramos falsos sinónimos, tais como "emanação", "manancial", "nascente", "bica", que mais são variedades do que a mesma coisa. a água nasce como lhe calha melhor. e isso é uma fonte. mas a água não nasce toda igual: uma é fria, outra quente, outra nem fria nem quente, uma nasce numa charca, outra em bica, outra em sete, outra em mil. uma traz ferro outra não traz, uma é muita e outra é pouca. uma é santa e outra é mais. uma é boa e outra mata. e assim, consoantemente, vai tendo o nome que merece...ou nem por isso.
não faz muito tempo, ouvi contar que a inspeção sanitária se lembrou de fazer análises à qualidade da água milagreira de certa fonte santa. e encontrou o que ninguém quis: não sei quantas bactérias e venenos que, tudo somado, fazia uma poção bem perigosa. vai de selar a fonte e proibir a sua utilização. foi o bom e o bonito. o povo levantou-se, tirou a selagem, montou piquete, enfim, fez gato-sapato da inspeção sanitária e análises correlativas. a fonte santa continuou santa e o povo devoto da fonte. porque santidade é santidade, não se mede com análises nem de bata branca


Alcabideche - variante fónica de Alcabideque

Alcabideque - em árabe:"manacial", fonte. é uma charca onde borbulha a água que nasce, tal como em "Fonteminha" e tamém em "Ançã"

Bica

Chiqueda - é a nascente do rio Alcoa, em Alcobaça. tem longa fama de fonte sagrada. penso que "chiqueda" será equivalente de "charca"

Fonfría (Gz.) - ver "Fonte Fria"
Fonsagrada (Gz.)
Fonseca
Fontaínha (Pt., Gz. e Br.)
Fontaínhas (Pt., Gz. e Br.)
Fontaínho (Pt. e Gz.)
Fontanheira
Fontão
Fonte Arcada
Fontarcada
Fonte Boa (Pt., Gz. e Br.)
Fonte da Cheira
Fonte da Pulga

Fonte da Urina - não é o que parece. pronúncia popular: "fonte da ourina" (ou será "fonte dourina"?). alguém alvitrou ser uma confusão com "fonte taurina", hipótese académica pouco provável tendo em conta a fonética. merecia que lhe fosse corrigido o nome escrito

Fonte de Ançã - é um pleonasmo: "fonte da fonte". ver foto
Fonte de Martel

Fonte do Bispo
Fonte do Castanheiro
Fonte do Ídolo
Fonte do Ramilo
Fonte dos Clérigos
Fonte dos Olhos - aqui, "olhos" está por olhos-d'água
Fonte do Vale

Fonte Errada - trata-se de um equívoco de transcrição da fonética para a escrita, pelo que ficou errada duas vezes

Fonte Fria

Fonte Histórica - em Chelo, Penacova. é "histórica" porque está referenciada desde o século XII. fora isso, é uma "fonte santa" - motivo por que mereceu essa referência e por que continua a ser procurada

Fonteira
Fonteita - o mesmo que "fonte telhada"?
Fontela (Pt. e Gz.) - do latim "fontanella": fontinha
Fontelo (Pt. e Gz.) - pronúncia: "Fontêlo"

Fonteminha ou Fontemiña (Gz.) - à letra e na realidade: "nascente do Minho"

Fontenla (Gz.) - é a forma evolutiva imediatamente anterior a "Fontela"

Fonte Nova

Fonterma - será o contrário de "fonte fria"? ou é "fonte erma"? aqui decide a fonética, que desconheço: "fontèrma" ou "fontêrma"?

Fonte Santa
Fonte Seca (Pt. e Gz.)
Fonteseca (Gz.)
Fontiela
Fontinha (Pt. e Gz.)
Fontoura (Pt. e Gz.)
Milfontes
Sete Fontes

Torre - em certos casos, a "torre" está pelo euskera "iturri" (fonte). e pode bem suceder que "torre" e "iturri" coincidam, já que algumas nascentes estão defendidas por torres militares, dado o carácter estratégico de que se revestem ou revestiram. é o caso de "Alcabideque" (Condeixa)


domingo, 17 de setembro de 2006

Cidades Portuguesas e Brasileiras Homónimas (* )


os topónimos que se seguem são transposições para o Brasil de topónimos portugueses, em geral de cidades ou vilas de certa importância. significam, na maioria dos casos, que os seus fundadores seriam originários da localidade portuguesa homónima.
entre parêntesis o Estado ou Estados onde ocorrem os topónimos brasileiros

Alcobaça (Bahia)
Alenquer (Pará)
Alhandra (Paraíba)
Almeida (Minas Gerais)
Almeirim (Pará)
Alvarenga (Minas Gerais) - sobre Alvarenga portuguesa ver aqui
Amarante (Piauí)
Anadia (Alagoas)
Aveiro (Pará)
Baião (Pará)
Barcarena (Pará)
Barcelos (Amazonas)
Batalha (Alagoas) (Piauí)
Belmonte (Bahia) (Santa Catarina)
Borba (Amazonas)
Bragança (Pará)

Bragança Paulista (São Paulo) - é "Paulista" para se distinguir de "Bragança" (Pará). parece dever o seu nome à Casa Real Portuguesa e não à cidade homónima de Trás-os-Montes (Pt.)

Campo Maior (Piauí)
Cantanhede (Maranhão)
Carvalhos (Minas Gerais)
Caxias (Maranhão)
Chaves (Pará)
Coimbra (Minas Gerais)
Colares (Pará)
Crato (Ceará)
Espinho (Minas Gerais)

Extremoz (Rio Grande do Norte) - a grafia actual da cidade portuguesa é Estremoz

Faro (Pará)
Fátima (Bahia) (Tocantins)
Fundão (Espírito Santo)
Gouveia (Minas Gerais)
Granja (Ceará)
Guimarães (Maranhão)

Jerumenha (Piauí) - a grafia actual do topónimo em Portugal é Juromenha

Jurumenha (Ceará) - ver Jerumenha
Lages (Santa Catarina)
Lajes (Rio Grande do Norte)
Linhares (Espírito Santo)
Mafra (Santa Catarina)
Marialva (Paraná)
Marvão (Piauí) - actual Castelo do Piauí
Melgaço (Pará)
Miranda (Mato Grosso do Sul)
Monção (Maranhão)
Nazaré (Bahia) (Tocantins)
Óbidos (Pará)
Oeiras (Piauí) - antiga vila de Mocha
Oeiras do Pará (Pará)

Olivença (Alagoas) - Olivença, cidade portuguesa do Alentejo, encontra-se, com todo o seu concelho, sob administração espanhola desde a chamada "guerra das laranjas" (1801). a actual pressão para que o Reino Unido devolva Gibraltar a Espanha poderá ter como resultado paralelo, e de igual legitimidade histórica, a devolução de Olivença, e seu município, a Portugal. a construção da nova ponte sobre o rio Guadiana, que vem substituir, finalmente, a velha ponte arruinada de Nossa Senhora da Ajuda, será o princípio dessa (desejada?) reaproximação.

Ourém (Pará)
Paranhos (Mato Grosso do Sul)
Penalva (Maranhão)
Pinhão (Paraná) (Tocantins)
Pombal (Paraíba)
Portalegre (Rio Grande do Norte)
Portel (Pará) (Paraná)
Porto (Piauí)

Porto de Moz (Pará) - a grafia actual do topónimo português é Porto de Mós

Queluz (São Paulo)
Raposa (Maranhão)
Resende (Rio de Janeiro)
Rio Tinto (Paraíba)
Sagres (São Paulo)
Santarém (Pará) (Paraíba)

Santo António de Lisboa (Piauí) - muita gente diz "Santo António do Lisboa". mais do que apontar o erro, importa indagar a sua origem - que desconheço

São Gonçalo de Amarante (Ceará) (Rio Grande do Norte) - muita gente diz "São Gonçalo do Amarante". ver "Santo António de Lisboa"

São Paulo de Olivença (Amazonas) - ver "Olivença"

Sarzedo (Minas Gerais)
Silves (Amazonas)
Soure (Pará)
Tomar do Geru (Sergipe)
Valença (Bahia) (Piauí) (Rio de Janeiro)
Viana (Espírito Santo) (Maranhão)
Vila Flor (Rio Grande do Norte)
Viseu (Pará)

além destes casos, surgem cidades com nome antecedido de "Nova", como "Nova Fátima", por exemplo. outras vezes segue-se um qualificativo, como "Tomar do Geru"

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(*) o termo "cidade" tem conotação diferente em Portugal e no Brasil. pelo seu caráter mais genérico, utilizo aqui a acepção corrente no Brasil
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sábado, 2 de setembro de 2006

Portugal e Galiza: a Razão dos Nomes

até que se escreva coisa melhor sobre o assunto, remeto os frequentadores e amigos deste blogue para o Portal Galego da Língua (agal-gz.org), ano V, época 2006/2007, e o notável artigo de Luís Magarinhos Igrejas.
porque o saber ocupa menos lugar do que as certezas.




nota: podem também dar uma espiada no blogue gémeo, posts de 17/03/2006.