apesar dos esforços de bons eruditos para lhe atribuir uma origem árabe, Mafra (que, ao longo do tempo foi sendo Mafarã, Malfora e Mafora) continua um topónimo solteiro e enigmático.
a atribuição de origem árabe, através de mahfara, "cova", não acerta com as características do local, nem com as formas anteriores do topónimo.
não sendo de origem árabe, a estrutura da palavra remete-nos para uma origem pré-latina.
ora, segundo se diz, o rei Dom João V, terá mandado construir esse convento colossal com a receita do ouro do Brasil e o motivo de tão magnânimo empreendimento estaria relacionado com o cumprimento de uma promessa à Mãe-de-Deus, caso lhe fosse concedida a graça de ter filhos herdeiros, pois que filhos não herdeiros os tinha ele aos centos. em especial de freiras, o que, entre outros cognomes, lhe mereceu o epíteto de "O Freirático".
se assim fosse - e não é certo -, o Convento de Mafra seria a actualização setecentista de um culto pagão ancestral à mater genetrix, "a mãe geradora", Senhora do Ó, Ísis e assim por diante. certo é que o culto à Senhora do Ó está ainda hoje vivo na Região Saloia, no próprio concelho de Mafra.
é aqui que entra a origem pré-latina para o topónimo.
segundo uns, a origem é fenícia; segundo outros, a origem é turânica. e a voz original estaria relacionada com um significado religioso, compatível com o culto da deusa-mãe.
seja como for, nada está definitivamente resolvido e Mafra continua um topónimo obscuro.
a atribuição de origem árabe, através de mahfara, "cova", não acerta com as características do local, nem com as formas anteriores do topónimo.
não sendo de origem árabe, a estrutura da palavra remete-nos para uma origem pré-latina.
ora, segundo se diz, o rei Dom João V, terá mandado construir esse convento colossal com a receita do ouro do Brasil e o motivo de tão magnânimo empreendimento estaria relacionado com o cumprimento de uma promessa à Mãe-de-Deus, caso lhe fosse concedida a graça de ter filhos herdeiros, pois que filhos não herdeiros os tinha ele aos centos. em especial de freiras, o que, entre outros cognomes, lhe mereceu o epíteto de "O Freirático".
se assim fosse - e não é certo -, o Convento de Mafra seria a actualização setecentista de um culto pagão ancestral à mater genetrix, "a mãe geradora", Senhora do Ó, Ísis e assim por diante. certo é que o culto à Senhora do Ó está ainda hoje vivo na Região Saloia, no próprio concelho de Mafra.
é aqui que entra a origem pré-latina para o topónimo.
segundo uns, a origem é fenícia; segundo outros, a origem é turânica. e a voz original estaria relacionada com um significado religioso, compatível com o culto da deusa-mãe.
seja como for, nada está definitivamente resolvido e Mafra continua um topónimo obscuro.
3 comentários:
Muito interessante este tópico. N.S.do Ó é ou era representada como uma mulher em adiantada gravidez. Mas desde a Grécia antiga já se referiam à Grande Mãe. Eu não sei colocar links aqui, mas vão na Wikipédia e confiram em Santuário dos grandes deuses de Samotrácia e Nossa Senhora do Ó.
Essa deusa que tem imensos nomes, conforme as fases da vida humana: Senhora da Conceição ("concepção"), Senhora do Ó, Senhora da Hora, Senhora do Leite, Senhora das Dores, Senhora da Boa Morte, Senhora do Pranto, enfim: merece um post só para ela, porque todas elas estão cristalizadas na Toponímia de Portugal, da Galiza e do Brasil.
Oi, meu nome é Patricia, faço pesquisa de Heraldica a 2 anos e achei fantástica essa postagem. Para nós aqui no Brasil, Nossa Senhora do Ó é um bairro muito conhecido e de grandes familia em São Paulo. Para quem é pesquisador de culturas antigas conheço essa denominação também como Deusa dos 10 Mil Nomes. Obrigada por contribuir com postagem tão interessantes.
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