segunda-feira, 11 de novembro de 2019

o latim na toponímia galego-portuguesa,

é costume explicar-se a origem de muitos topónimos galego-portugueses através do latim, dado ter sido a Galécia uma parte de uma província do Império Romano.
porém, o número de topónimos realmente originados de palavras genuinas da língua imperial é muito pequeno. e não poderia ser de outro modo, pois que quando alguns soldados romanos realmente latinofalantes aqui chegaram já cá havia gente, povo, língua e lugares.
de jeito que, àparte uma ou outra cidade fundada pelos romanos (exº Pax Julia: Beja), o que os romanos aqui deixaram foram os nomes de cidades já existentes e com nome (Braga, Lamego, Viseu, Bragança, Évora, Mértola,...), nomes de possuidores de quintas ou propriedades, que, por sua vez, se foram perdendo e mudando na sucessão dos tempos, dos poderes e dos senhorios.
isto passou-se com o Império Português. Bissau, Luanda, Goa, Malaca, Macau, Timor, embora escritas sob uma aparência portuguesa, são palavras que os portugueses encontraram e mantiveram. O mesmo se passou no Brasil, com uma série infinda de topónimos de origem indígena (tupi-guarani).

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