quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Esta Quadra de Natal, Essa Festa do Sol

no hemisfério norte, e quanto mais a norte mais assim, esta época do ano é fria, as noites são grandes, o sol é fraco. a natureza está adormecida. cada dia que passa a noite é mais comprida e o dia quase nada. o sol está doente. parece que em breve sucumbirá e tudo vai ficar escuro e frio. a neve estende o seu manto branco por toda a terra, ferindo a vista com seu brilho penetrante, imenso, gelado. a morte deve ser assim, gelada, imensa, sem ontem nem hoje.
mas eis que tudo vai mudar. parece que a noite começa a encolher, dia para dia uns minutos, meia hora, uma hora inteira. o sol invencível já não morre, ganha força de novo, renasce.
vamos festejar, porque este ano, afinal, é como o ano passado e o ano anterior e ainda o outro que se foi. a natureza precisa de passar por aqui, como precisa da primavera, do verão e do outono. aqui, no hemisfério norte. porque a terra não tem uma verdade igual para todos. do pólo norte ao sul, do equador aos trópicos, cada terra tem sua verdade e cada verdade seu ciclo.
o natal é a festa do natalis solis invictus - o nascimento do sol invencido, no dizer dos romanos. assim também a cidade de Natal, quente, ensolarada, passeando na praia e a tremer de insolação na noite de natal: é "a cidade do sol"

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