Ibéria, Espanha, Sepharad ("terras do ocidente), Al-Gharb-al-Andalûs ("o oeste vândalo"), a Grande Espanha dos Pirinéus ao Atlântico, foi sempre, ao longo da História, uma pátria de povos, de línguas, de deuses e de civilizações. quem não viveu nesta terra que a não tenha cantado ou chorado por ela?
duas comunidades tiveram um importante papel na história da Península: os judeus e os mouros. conviveram pacificamente durante séculos com as populações autóctones, sem quaisquer sinais de crispação ou intolerância. mas, subitamente, com a chegada do Renascimento e das doutrinas de O Príncipe, de Maquiavel, a Península Ibérica deixaria de ser para eles uma boa pátria. ao princípio da convivência e da tolerância sobrepôs-se o princípio da uniformidade cultural, sob a bandeira da unidade religiosa. não foram apenas os judeus e os mouros as vítimas, mas também o povo do campo, que teimava nas suas tradições e hábitos pagãos.
tanto os judeus como os mouros após a Reconquista viviam em ruas ou bairros próprios, com direitos e obrigações específicas, diferentes da população principal - ruas ou bairros esses que tomavam, respetivamente, o nome de "judiaria" e de "mouraria".
em meados do séc. XVI, os ventos de Aragão, contaminados de intolerância para com as diferenças culturais e religiosas, ditariam o destino destas comunidades: converter-se ou fugir. e aqueles, judeus e mouros, que aceitaram converter-se nem imaginavam que mais lhes valia ter fugido. ser "cristão-novo" passou a ser mais motivo de suspeita do que ser o que eram dantes.
tanto os judeus como os mouros após a Reconquista viviam em ruas ou bairros próprios, com direitos e obrigações específicas, diferentes da população principal - ruas ou bairros esses que tomavam, respetivamente, o nome de "judiaria" e de "mouraria".
em meados do séc. XVI, os ventos de Aragão, contaminados de intolerância para com as diferenças culturais e religiosas, ditariam o destino destas comunidades: converter-se ou fugir. e aqueles, judeus e mouros, que aceitaram converter-se nem imaginavam que mais lhes valia ter fugido. ser "cristão-novo" passou a ser mais motivo de suspeita do que ser o que eram dantes.
as "Judiarias" encontram-se em cidades e vilas, enquanto as "Mourarias" ocorrem em núcleos urbanos mas também em aldeias.
"Mourisca" e "Mouriscas" só ocorrem em aldeias (*).
por outro lado, as "Judiarias" surgem mais nas vilas e cidades fronteiriças de Trás-os-Montes, Beiras e Alentejo, enquanto as "Mourarias" aparecem em núcleos urbanos do sul.
"Mourisca" e "Mouriscas" são topónimos que aparecem mais dispersos, e em geral referem-se a aldeias povoadas por mouros "cristãos-novos".
em alguns casos o termo "Mourisca" refere-se a um troço de estrada remodelado ou construído na época mourisca.
"Mourisca" e "Mouriscas" só ocorrem em aldeias (*).
por outro lado, as "Judiarias" surgem mais nas vilas e cidades fronteiriças de Trás-os-Montes, Beiras e Alentejo, enquanto as "Mourarias" aparecem em núcleos urbanos do sul.
"Mourisca" e "Mouriscas" são topónimos que aparecem mais dispersos, e em geral referem-se a aldeias povoadas por mouros "cristãos-novos".
em alguns casos o termo "Mourisca" refere-se a um troço de estrada remodelado ou construído na época mourisca.
(*) o caso especial da vila de Mourisca do Vouga deve-se à elevação da aldeia a vila em período recente
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