Na toponímia é muito frequente encontrar santos, alguns bem estranhos para os nossos hábitos religiosos. é mesmo difícil dizer se é o santo que dá o nome à terra, ou se é a terra que dá o nome ao santo. seja como for, o nome do santo não é indiferente e em certos casos é mesmo possível prever que santo tem a terra ou que tipo de terra tem o santo. Santa Iria só aparece em certos sítios, São João noutros, São Mamede noutros ainda, São Pedro ainda noutros, enfim, a cada um seu brasão e morgadio.
Vamos então descobrir:
Sanfins - ver "São Félix" e "S. Fiz". exº: "Sanfins do Douro"
Santa Eulália, Santa Olaia, Santalla ou Santalha (Gal.), Santa Olalla ou Olalha (Gal.), Santa Ovaia, Santa Vaia:
há pelo menos a Eulália de Barcelona, a de Braga e a de Mérida (três polos da Península Ibérica) embora os três cultos juntos não sejam de grande vulto. estas santas, pelo que era crime de serem cristãs, foram decapitadas. por isso, alguns pequenos "montes, cabeços ou cabeças santas" pagãs adoptaram o seu nome em honra da cabeça perdida. a lenda não inclui o brote de uma fonte, ao contrário de Santa Quitéria
Santa Iria:
esta santa não goza de grande culto popular, mas é frequente encontrá-la na toponímia. associada à ideia de cidade, é um topónimo de origem euskera ou proto-euskera, como Irun, Iruña. a freguesia de Tomar onde se situava o primeiro assentamento populacional chama-se Santa Iria. é provável que este termo esteja presente também em Santarém e em Leiria e que a santidade (sacralidade) provenha do lugar. a antiga Iria Flávia prescindia da santidade, apesar de estar intimamente ligada à lenda de Santiago
Santa Maria:
está onde estava Ísis e, antes dela, a senhora do Leite. é um avatar da Mãe que nutre, a Mãe Natureza. é mais a Nossa Mãe do que propriamente a Mãe de Deus. um excelente exemplo é a Igreja de Santa Maria, em Braga - a famosa Sé, em cujo exterior da cabeceira figura a Senhora do Leite (e a Rua da Senhora do Leite) e em cujas escavações arqueológicas se encontrou a imagem de Ísis
Santa Quitéria (Port. e Bras.):
é uma cristianização muito superficial do culto dos montes, cabeças e cabeços.
a "santa da cabeça" foi decapitada por seu pai, que odiava mais os cristãos do que amaria a filha. está aqui no lugar da "cabeça santa" pagã (o monte, cabeço ou cabeça). para satisfazer o mito ou a lenda da santa, deverá existir uma fonte no local. o hábito de associar a santa a este tipo de lugares passou ao Brasil e à América Latina em geral
Santo Amaro:
a sua festa é a 15 de janeiro. é ou era o padroeiro dos galegos migrados em Portugal. tem sido referenciado como um avatar de uma divindade do panteão celta. há topónimos que dispensam o "santo", ficando apenas "Amaro" ou os seus diminutivos "Amarela" (Pt. e Gz.), "Amareleja" (duplo diminut.?), "Amarelinha" (duplo diminut.), "Amarelo" e "Amarelos"
Santo Tirso:
os seus atributos, a vara de hera e pâmpanos, ligam-no a Baco-Dionisos. é provavelmente um avatar de uma qualidade divina equivalente, a que a população galaica autóctone prestava culto
São Brissos:
este quase desconhecido filho de Deus teria sido discípulo de S. Martinho, e por isso é visto em lugares onde há antas transformadas em estranhas capelas, como em Montemor-o-Novo
São Cristóvão (Gal., Port. e Bras.):
Christophoros é "o que transporta Cristo". porque o Cristo Menino que levou aos ombros (noutras versões da lenda, na barca) pesava tanto como o mundo inteiro, Cristóvão é um avatar de Hércules. e porque levou o Menino de uma margem para a outra do rio, costuma ser padroeiro de lugares onde a travessia do rio, de barca ou a vau, fosse necessária mas difícil. mais difícil ainda é haver "S. Cristóvão" sem um rio de seu. é um santo muito frequente na toponímia brasileira
São Félix (Pt. e Br.) - há vários santos com este nome. mas como este topónimo está associado quase sempre a montes, em Portugal e na Galiza, é possível que se refira a S. Félix eremita, discípulo de S. Frutuoso. a evolução fonética do topónimo tendeu para "S. Fiz" e "Sanfins". porém, no Brasil e em alguns casos portugueses, deu-se uma recuperação erudita do nome inicial. exº: "S. Félix da Marinha"
São Fiz - ver "São Félix" e "Sanfins"
São Galo:
entra em topónimos como "Sangalhos" (Pt.) e "Saint Gallen (CH.). o nome "galo" quer dizer "celta", pelo que, provavelmente será uma forma de cristianizar costumes celtas.
São Gens, S. Gés (Gal.), S. Ginês, Sanxenxo ou Sanjenjo (Gal.):
aqui o caso é mais complicado, porque, podendo arrolar-se uns obscuros Sancti Genesii para oragos destas terras, o mais provável é que a santidade ou sacralidade esteja na gens ou tribo de antepassados que habitavam o respectivo território ou castro
São Gonçalo (de Amarante):
nascido nos meus eidos, é, curiosamente, um santo que nunca foi canonizado (? *). está associado ao casamento das velhas, mas, dadas as particularidades do seu culto, estas velhas devem ser traduzidas por antigas. a sexualidade pagã antiga é o pasto do seu rebanho. está, pois, em lugares onde essa sexualidade tântrica se celebrava, em dias de renascimento da vida, pouco depois, se não dentro, da quadra de Natal, tomando o nome carinhoso de S. Gonçalinho. construiu pontes, a principal das quais terá sido a ponte do diabo entre esse paganismo indo-europeu de base e o cristianismo de cúpula. tem fiéis por exemplo em Amarante, em Aveiro, no Porto e no Brasil, onde o seu culto perdura bem fresco e uma cidade merece o nome de S. Gonçalo de Amarante (RN)
São João:
este santo aparece ligado à água: fontes, pontes, rios. no entanto, há dois S. João, o Baptista e o Evangelista, cada um ligado a seu solstício
São Luís (Br.):
este santo é Luis IX, rei de França, instigador da sétima Cruzada. é muito usado na toponímia ultramarina de origem francesa, como nos Estados Unidos (St. Louis, Louisiana) e no Brasil (exº: S. Luís do Maranhão)
São Macário:
este santo de longas barbas e tanga de folhas convém a lugares altos, ermos, inóspitos, muito afastados das banais preocupações terrenas, onde nem o diabo lá vai
São Mamede:
é um hagiónimo (nome de santo) tomado de empréstimo ao islão (Muhâmmad, O Profeta). aparece em lugares sagrados do paganismo tradicional em território preferencialmente moçárabe. aparece sobretudo ligado a serras ou lugares elevados (o tema Maomé e a Montanha ?)
São Manços:
figura quase mítica, refere-se a um romano, Mãncio, "um dos setenta discípulos e da idade de Cristo" (in Fr. Bernardo de Brito e outros, 1597, "Da Monarchia Lusitana"). trata-se do primeiro bispo de Évora, martirizado por se opor à adoração dos ídolos de pedra.
São Martinho:
há dois S. Martinho, o de Tours (França) e o de Dume (Portugal). são ambos naturais da Panónia, actual Hungria, e estão ambos ligados à cristianização da Gália (França. mas: galos=celtas). S. Martinho de Dume, mais novo dois séculos, está particularmente ligado também à conversão dos suevos, que ocuparam a Galécia (Galiza e Norte de Portugal). estão, pois, associados à cristianização do paganismo ariano, celta e germânico, e da chamada civilização megalítica. S. Martinho de Tours tem como campo de intervenção próprio as antas e os menires. tem discípulos como S. Brissos, a quem coube dar o nome aos locais megalíticos de cristianização mais superficial (ver S. Brissos)
São Miguel:
vê-se em lugares onde sempre se prestou culto a numens alados, a emanações telúricas. líquidas e gasosas. é frequente em termas, rios, mananciais e nascentes. em lugares castrejos, onde tenha havido um culto a uma entidade divina com asas, não é raro aparecer como S. Miguel-O-Anjo.
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(*) no link indicado diz-se que S. Gonçalo terá sido canonizado por Pio IV. outras fontes dizem que não
Vamos então descobrir:
Sanfins - ver "São Félix" e "S. Fiz". exº: "Sanfins do Douro"
Santa Eulália, Santa Olaia, Santalla ou Santalha (Gal.), Santa Olalla ou Olalha (Gal.), Santa Ovaia, Santa Vaia:
há pelo menos a Eulália de Barcelona, a de Braga e a de Mérida (três polos da Península Ibérica) embora os três cultos juntos não sejam de grande vulto. estas santas, pelo que era crime de serem cristãs, foram decapitadas. por isso, alguns pequenos "montes, cabeços ou cabeças santas" pagãs adoptaram o seu nome em honra da cabeça perdida. a lenda não inclui o brote de uma fonte, ao contrário de Santa Quitéria
Santa Iria:
esta santa não goza de grande culto popular, mas é frequente encontrá-la na toponímia. associada à ideia de cidade, é um topónimo de origem euskera ou proto-euskera, como Irun, Iruña. a freguesia de Tomar onde se situava o primeiro assentamento populacional chama-se Santa Iria. é provável que este termo esteja presente também em Santarém e em Leiria e que a santidade (sacralidade) provenha do lugar. a antiga Iria Flávia prescindia da santidade, apesar de estar intimamente ligada à lenda de Santiago
Santa Maria:
está onde estava Ísis e, antes dela, a senhora do Leite. é um avatar da Mãe que nutre, a Mãe Natureza. é mais a Nossa Mãe do que propriamente a Mãe de Deus. um excelente exemplo é a Igreja de Santa Maria, em Braga - a famosa Sé, em cujo exterior da cabeceira figura a Senhora do Leite (e a Rua da Senhora do Leite) e em cujas escavações arqueológicas se encontrou a imagem de Ísis
Santa Quitéria (Port. e Bras.):
é uma cristianização muito superficial do culto dos montes, cabeças e cabeços.
a "santa da cabeça" foi decapitada por seu pai, que odiava mais os cristãos do que amaria a filha. está aqui no lugar da "cabeça santa" pagã (o monte, cabeço ou cabeça). para satisfazer o mito ou a lenda da santa, deverá existir uma fonte no local. o hábito de associar a santa a este tipo de lugares passou ao Brasil e à América Latina em geral
Santo Amaro:
a sua festa é a 15 de janeiro. é ou era o padroeiro dos galegos migrados em Portugal. tem sido referenciado como um avatar de uma divindade do panteão celta. há topónimos que dispensam o "santo", ficando apenas "Amaro" ou os seus diminutivos "Amarela" (Pt. e Gz.), "Amareleja" (duplo diminut.?), "Amarelinha" (duplo diminut.), "Amarelo" e "Amarelos"
Santo Tirso:
os seus atributos, a vara de hera e pâmpanos, ligam-no a Baco-Dionisos. é provavelmente um avatar de uma qualidade divina equivalente, a que a população galaica autóctone prestava culto
São Brissos:
este quase desconhecido filho de Deus teria sido discípulo de S. Martinho, e por isso é visto em lugares onde há antas transformadas em estranhas capelas, como em Montemor-o-Novo
São Cristóvão (Gal., Port. e Bras.):
Christophoros é "o que transporta Cristo". porque o Cristo Menino que levou aos ombros (noutras versões da lenda, na barca) pesava tanto como o mundo inteiro, Cristóvão é um avatar de Hércules. e porque levou o Menino de uma margem para a outra do rio, costuma ser padroeiro de lugares onde a travessia do rio, de barca ou a vau, fosse necessária mas difícil. mais difícil ainda é haver "S. Cristóvão" sem um rio de seu. é um santo muito frequente na toponímia brasileira
São Félix (Pt. e Br.) - há vários santos com este nome. mas como este topónimo está associado quase sempre a montes, em Portugal e na Galiza, é possível que se refira a S. Félix eremita, discípulo de S. Frutuoso. a evolução fonética do topónimo tendeu para "S. Fiz" e "Sanfins". porém, no Brasil e em alguns casos portugueses, deu-se uma recuperação erudita do nome inicial. exº: "S. Félix da Marinha"
São Fiz - ver "São Félix" e "Sanfins"
São Galo:
entra em topónimos como "Sangalhos" (Pt.) e "Saint Gallen (CH.). o nome "galo" quer dizer "celta", pelo que, provavelmente será uma forma de cristianizar costumes celtas.
São Gens, S. Gés (Gal.), S. Ginês, Sanxenxo ou Sanjenjo (Gal.):
aqui o caso é mais complicado, porque, podendo arrolar-se uns obscuros Sancti Genesii para oragos destas terras, o mais provável é que a santidade ou sacralidade esteja na gens ou tribo de antepassados que habitavam o respectivo território ou castro
São Gonçalo (de Amarante):
nascido nos meus eidos, é, curiosamente, um santo que nunca foi canonizado (? *). está associado ao casamento das velhas, mas, dadas as particularidades do seu culto, estas velhas devem ser traduzidas por antigas. a sexualidade pagã antiga é o pasto do seu rebanho. está, pois, em lugares onde essa sexualidade tântrica se celebrava, em dias de renascimento da vida, pouco depois, se não dentro, da quadra de Natal, tomando o nome carinhoso de S. Gonçalinho. construiu pontes, a principal das quais terá sido a ponte do diabo entre esse paganismo indo-europeu de base e o cristianismo de cúpula. tem fiéis por exemplo em Amarante, em Aveiro, no Porto e no Brasil, onde o seu culto perdura bem fresco e uma cidade merece o nome de S. Gonçalo de Amarante (RN)
São João:
este santo aparece ligado à água: fontes, pontes, rios. no entanto, há dois S. João, o Baptista e o Evangelista, cada um ligado a seu solstício
São Luís (Br.):
este santo é Luis IX, rei de França, instigador da sétima Cruzada. é muito usado na toponímia ultramarina de origem francesa, como nos Estados Unidos (St. Louis, Louisiana) e no Brasil (exº: S. Luís do Maranhão)
São Macário:
este santo de longas barbas e tanga de folhas convém a lugares altos, ermos, inóspitos, muito afastados das banais preocupações terrenas, onde nem o diabo lá vai
São Mamede:
é um hagiónimo (nome de santo) tomado de empréstimo ao islão (Muhâmmad, O Profeta). aparece em lugares sagrados do paganismo tradicional em território preferencialmente moçárabe. aparece sobretudo ligado a serras ou lugares elevados (o tema Maomé e a Montanha ?)
São Manços:
figura quase mítica, refere-se a um romano, Mãncio, "um dos setenta discípulos e da idade de Cristo" (in Fr. Bernardo de Brito e outros, 1597, "Da Monarchia Lusitana"). trata-se do primeiro bispo de Évora, martirizado por se opor à adoração dos ídolos de pedra.
São Martinho:
há dois S. Martinho, o de Tours (França) e o de Dume (Portugal). são ambos naturais da Panónia, actual Hungria, e estão ambos ligados à cristianização da Gália (França. mas: galos=celtas). S. Martinho de Dume, mais novo dois séculos, está particularmente ligado também à conversão dos suevos, que ocuparam a Galécia (Galiza e Norte de Portugal). estão, pois, associados à cristianização do paganismo ariano, celta e germânico, e da chamada civilização megalítica. S. Martinho de Tours tem como campo de intervenção próprio as antas e os menires. tem discípulos como S. Brissos, a quem coube dar o nome aos locais megalíticos de cristianização mais superficial (ver S. Brissos)
São Miguel:
vê-se em lugares onde sempre se prestou culto a numens alados, a emanações telúricas. líquidas e gasosas. é frequente em termas, rios, mananciais e nascentes. em lugares castrejos, onde tenha havido um culto a uma entidade divina com asas, não é raro aparecer como S. Miguel-O-Anjo.
São Pedro ou S. Pero:
aparece ligado à pedra ou a pedras com uma função iniciática. é particularmente visto em lugares com as chamadas sepulturas antropomórficas, que nem são sepulturas nem antropomórficas. um belissimo exemplo é S. Pedro de Lourosa. também aparece em aldeias de pescadores, como S. Pedro da Afurada. Para ver um exemplo siga o link, que mostra "sepulturas antropomórficas" já sem tampa.
São Romão:
Romão quer dizer "romano". há pelo menos três santos com este nome. São Romão está relacionado com cultos pagãos, alguns dos quais em vigor durante o império romano. como um dos "Romão" foi discípulo de São Martinho, aplica-se o que está dito em "São Brissos" e em "São Martinho".
São Telmo:
na realidade, o nome do padroeiro de Tui é Sant' Elmo ou Erasmo. a sua lenda criou-lhe o perfil adequado para protector de marinheiros, pois que os salvará, sempre que puder, das tempestades do mar. Fica bem como topónimo de antigas comunidades de marujos
aparece ligado à pedra ou a pedras com uma função iniciática. é particularmente visto em lugares com as chamadas sepulturas antropomórficas, que nem são sepulturas nem antropomórficas. um belissimo exemplo é S. Pedro de Lourosa. também aparece em aldeias de pescadores, como S. Pedro da Afurada. Para ver um exemplo siga o link, que mostra "sepulturas antropomórficas" já sem tampa.
São Romão:
Romão quer dizer "romano". há pelo menos três santos com este nome. São Romão está relacionado com cultos pagãos, alguns dos quais em vigor durante o império romano. como um dos "Romão" foi discípulo de São Martinho, aplica-se o que está dito em "São Brissos" e em "São Martinho".
São Telmo:
na realidade, o nome do padroeiro de Tui é Sant' Elmo ou Erasmo. a sua lenda criou-lhe o perfil adequado para protector de marinheiros, pois que os salvará, sempre que puder, das tempestades do mar. Fica bem como topónimo de antigas comunidades de marujos
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(*) no link indicado diz-se que S. Gonçalo terá sido canonizado por Pio IV. outras fontes dizem que não
13 comentários:
Muito bom este topico,amigo viajante.Esta Iria...me parece com Hestia,deusa grega associada ao centro das casas.E ligada tambem a Hermes e seu movimento,como um compasso.Deveria estar no centro...e quem eh essa Iria Flavia la em Compostela?
Merecia quase fazer um topico para cada santo.
Abracos
acertou. vejo que entende mais de toponímia do que faz crer... Iria Flávia tem duas partes: Iria (cidade, em proto-euskera)+ Flávia (indica a romanização no tempo dos imperadores flávios)
eu acho que você é português radicado em s. paulo. acertei?
Aquele abr
Me parece que "flavia"significa tambem loira,de cabelos aloirados.Interessante que em algumas regioes do Brasil,notadamente a Bahia,pessoas loiras sejam chamadas de "galegas",mas deve ser apenas coincidencia.
Sou nascido em S.Paulo,mas meus pais eram de perto de Proenca-a-Nova.
Sou so curioso mesmo(e meu teclado esta com problema nos acentos,me desculpe).Mais abracos
JOao LOpes RIBeiro
acertei no seu nome, mas não posso provar...(frase bem idiota!)
pareceu-me que sabia muito a respeito de portugal para ser só brasileiro.
aquele...
Nao precisa provar,basta sua afirmacao,e tambem nao era tao dificil assim nao e ?
Quanto a Portugal o pouco que sei aprendi lendo e talvez comparando um livro com o outro,mas nao quero passar por aquilo que nao sou.
Ate outra hora.
Acho interessante algum comentário sobre outros topônimos galegos baseados em nomes de Santos/as:
Sam Tomé
Sam Paio (Pelayo no castelám)
Sam Roque
Santalha
O mais curioso é um que há no município de Fene (A Corunha), uma redundância:
Santo Samarco (Sam Marco)
Em qualquer caso você já deve conhecer esta base de dados con TODA a toponímia galega, onde é possível procurar (buscar) empregando critérios diversos.
(esqueci a ligação)
http://www.xunta.es/toponimia
meu caro compostelano,
muito lhe agradeço a disposição para ler o meu blogue (blo) e mais a sugestão que me dá. espero continuar a agradar-lhe e a agradar à comunidade galega em geral.
até já
Olá outra vez. Em romances de Trás-os-Montes (do concelho de Bragança), encontrei dois nomes de santas: Santa Nabalha e Senhora Deloviana. Se bem que o primeiro pode derivar do galego Santalla, para o segundo ... até hoje não encontro explicação. Alguém conhece um termo parecido ou tem uma sugestão? Obrigada a todos.
olá! sinceramente não sei. mas é um tema interessante. a relação com Santalha, Santavalha, Santa Ovaia, Santa Eulália é pouco provável.mas...
...conheço estas coplas medievais:
"-Valha-me Nossa Senhora
e o milagroso São Gil!
Que cavaleiro é este
que me não deixa dormir?
--Valha-me Nossa Senhora
e `ó milagroso São Gil;
que cavaleiro é este
que me não deixa dormir?
--Valha-me Santa Nabalha,
Santa Ana, Santa Maria,
homens que enganam mulheres,
se Deus lhe perdoaria?
--Valhame Nossa Senhor
e o milagroso São Gil.
Que cavaleiro é este
que não deixa dormir?"
que tal?
Caro viajante, peço desculpa pelo atraso no agradecimento das dicas e das coplas (o processo de Bolonha tem acabado com a malta toda tal qual vírus indestrutível - lol). Acho as coplas fantásticas porque o verso dos meus romances é exactamente "Valha-me Santa Nabalha,Santa Ana, Santa Maria"! Se me pudesse dar a referência exacta de onde encontrar as coplas... seria ouro sobre azul.
Os melhores cumprimentos.
Demais este tema, o post.
sue
Este blog é maravilha.
Tenho passado o muito tempo, nos últimos dias, saboreando seu conteúdo. Sou brasileiro, vivo há sete anos em Portugal. Uma das coisas ms interessantes e herméticas era saber o significado dos lugares, cidades, vilas, rios, montes. Quando perguntava a algum amigo português o significado, nenhum sabia. Isto intrigsvs-me, pois no Brasil temos quatro
opções:ou são termos católicos (São-alguma coisa), ou são cópias de cidades portuguesas, ou são cópias das cidades dos imigrantes (Nova Roma, Novo hamburgo),ou são termos tupy-guarani. Outra coisa é que há muitas localidades com o mesmo nome. Isto não acontece no Brasil, onde a segunda , terceira cidade ou localidade levam um "do sul", "do oeste" e assim por diante. Lendo seu blog descobri que a origem pode ser celta, romana, gótica, etc e que se perdeu na poeira dos tempos....um abraço da Maia.
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